Chegou a hora nona de Jesus

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Em tempos de resgate da empatia, eis aí, o seu maior exemplo; Jesus! Oferecendo-se pelo outro, por todos, em seus delitos e descasos, praticou o maior ato de empatia jamais visto. Sem importar-se com a opinião alheia, caminhou firme para o seu propósito em salvar, inclusive, o soldado lanceiro agressor.

Falta pouco para a chegada da hora nona, (Mt 27:46) será pelas 15h, nestes dias.

No seu tempo, as trevas caíram sobre a Terra, e Mateus nos fala que duraram três horas (27:45). Era o ano 33. Sabe-se agora, que a ciência, já identificou um eclipse para o dia, no Gólgota. O que importa?

E quem assistia a tudo isso?  Seus seguidores e as Marias de sua vida: sua Mãe Maria e sua irmã, a mãe de Tiago, Maria Madalena, e a outra Maria, mulher de Clopas (Jo 19;25) E só!

Passaram-se exatos 1991 anos, e de paixão em paixão, o número de interessados a cada ano diminui. A cruz ficou vazia, assim como encontra-se vazia parte da humanidade. Pois em Lucas, cap 18, pode se ler a sua premonição: “Contudo, quando vier o Filho do homem, achará porventura fé na terra?”

Caso você não creia, siga a sua vida. Ao seu final, logo à frente, haverá tempo de sobra para refletir e pensar a sós. Vá caminhar pelo shopping, hoje.

Mas, uma vez crendo, pense que Jesus poderia liderar uma turba de Judeus contra o jugo romano. Preferiu a cruz. Afirmou-se, recentemente, nem era do seu tamanho, mas feita no molde para Barrabás. Sobrou cruz, portanto, para o ódio dos seus delatores.

Ainda em Mateus, lemos que foi considerado um “trapaceiro.” (27:63) E à Pilatos, pediram que guardasse muito bem o seu sepulcro. Pois poderia seu corpo ser roubado.

_Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se, ainda falavam (27:42).

Portanto:

Experimente um milésimo de sua dor.

Foi por todos; os que creem, os que não.

Houve sangue demais, fala-se, incolor.

Uma fenda abriu-se ao lado. Foi em vão?

Em tempos de resgate da empatia, eis aí, o seu maior exemplo; Jesus! Oferecendo-se pelo outro, por todos, em seus delitos e descasos, praticou o maior ato de empatia jamais visto. Sem importar-se com a opinião alheia, caminhou firme para o seu propósito em salvar, inclusive, o soldado lanceiro agressor.

Leia isso todas as vezes que sentir-se desprezado ou ultrajado por suas intenções e ações.  Pois somos julgados todos os dias, por apenas sermos o que somos.

E se você aguarda por qualquer aceitação, lembre-se de sua rejeição, carregando um madeiro que nem era seu. Hoje, o arrastamos como réplicas de sua cruz, em nossa jornada incerta. Não ignore a sua mensagem. Bastou o desprezo em sua própria terra.

Mas o final o conhecemos todos.

Há uma esplêndida vitória à nossa espera. Considere, portanto, uma cruz onde cabem todos os temores. Deixe sobre ela a sua decepção, as afrontas recebidas por estes dias e procure imitar a sua empatia em vida, fazendo pelo outro, exatamente o que Jesus faria.

Feliz sexta-feira da paixão.

Autor: Nelceu A. Zanatta. Também publicou crônica “Pedrinho pequeno e sua caminhada em busca de fé: uma história fascinante em livro”: https://www.neipies.com/pedrinho-pequeno-e-sua-caminhada-em-busca-de-fe-uma-historia-fascinante-em-livro/

Edição: A. R.

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