“Não somos anjos em voo vindos do céu,
mas pessoas comuns que amam de verdade.
Pessoas que querem um mundo mais verdadeiro,
pessoas que unidas o mudarão”.
(Gente, de A. Valsiglio/Cheope/Marati).

 

Muitos de nós gostaríamos que os políticos fossem anjos. Se assim fosse, estariam imunizados contra todas as situações e oportunidades que não promovem o bem comum e a prática da bondade. Mas os políticos, assim como cada um de nós, não são anjos e sim, seres humanos, ou seja, também não são perfeitos.

A política não é um espaço para a ação de anjos, mas é o espaço de disputa dos mais diferentes interesses que estão em jogo na sociedade. A disputa destes interesses é legítima, desde que os mesmos estejam sempre bem explicitados, para que todos saibam o que move os candidatos que se propõem a representar os interesses da população.

As contradições no exercício do poder estão sempre presentes nos movimentos que operam a política.

Os políticos posicionam-se a partir das conjunturas e contextos de cada momento, das articulações e negociações que são possíveis para aprovar os projetos que estão em pauta, das forças sociais que estão mobilizadas em cada momento histórico. É natural que joguem com seus interesses pessoais, mas é inaceitável, numa democracia, que estes interesses sobreponham-se aos interesses coletivos.

O mais intrigante e perigoso em nossa cultura de não-reflexão é que abrimos mão das responsabilidades para com a gente e para com o mundo.

Política sem reflexão

As agremiações partidárias (partidos) expressam e materializam os projetos de sociedade que estão em disputa no País. Estes projetos traduzem-se em propostas concretas de como governar, de como construir as políticas públicas, de como distribuir a renda, de como construir as oportunidades, de como desenvolver uma nação.

Há então que se discernir a diferença entre votar em pessoas ou votar em projetos, que embora “sempre juntos e misturados”, traduzem-se em diferentes consequências. “O voto não tem preço, mas tem consequências”. Por isso mesmo, é possível contemporizar as posições e atitudes pessoais dos candidatos com os projetos que os mesmos representam, observadas as circunstâncias e as intencionalidades em que ambas acontecem.

Defenda a Democracia. Ela é civilizatória, ela é progressista, ela é pacificadora, ela é de todos e para todos!

Democracia, uma escolha civilizatória?

Os candidatos não representam a si próprios, mas representam interesses que estão em disputa na sociedade. Talvez fosse melhor sermos governados por anjos, seres sobrenaturais e imunes a qualquer interesse mundano. Como não é possível, cabe a cada um e cada uma avaliar o projeto com o qual cada um dos candidatos está comprometido. Neste projeto, o compromisso com a vida humana e com a sociedade é o bem maior que deve ser resguardado.

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