O cavaleiro do Apocalipse?

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O Brasil, como sabemos, está longe de ser
um país com padrões civilizados,
situação que deverá avançar
com o atual presidente.

Entidades que defendem a vida em nosso país, estão alarmadas com as decisões do presidente da República. Como verdadeiro Cavaleiro do Apocalipse – Os cavaleiros, Peste, Guerra, Fome e Morte, são descritos na terceira visão profética do Apóstolo João no livro Bíblico de Revelação –, Bolsonaro vem pautando seu governo por excessos assustadores, brincando com a vida dos cidadãos.

Na verdade, ele vem sendo coerente com o que sempre foi. Foi expulso do exército por ter planejado explodir bombas no Rio como protesto por aumento salarial. Quando do impeachment de Dilma Roussef, homenageou um dos maiores assassinos da ditadura militar, Brilhante Ustra.

No seu governo, o Estatuto do Desarmamento, aprovado em 2003, virou letra morta. Por meio de decreto, Jair Bolsonaro, ampliou o porte de armas de fogo para 20 categorias.

 Assim, 19,1 milhão de brasileiros poderão ter o porte de armas facilitado, segundo cálculos do Instituto Sou da Paz. Mais armas representam mais mortes, em um país que já é o recordista mundial em mortes por armas de fogo.

Não é tudo. O decreto autoriza crianças e adolescentes a praticar tiro desportivo mesmo sem aval judicial. É a receita perfeita para a repetição de tragédias nas escolas, tão comuns nos Estados Unidos.



A façanha de conter a violência num contexto de pobreza, tensão social e hormônios explosivos talvez se explique mesmo pela descoberta do afeto cada vez que um conflito chega ao fim.

Já o pacote “anticrime” do seu Ministro da Justiça tem o condão de autorizar execuções sumárias pelos agentes da segurança pública.

Determinou o fim das lombadas eletrônicas e dos pardais nas rodovias federais, o que beira à total irresponsabilidade ao ignorar o papel fundamental dos controladores de velocidade no combate às mortes no trânsito. Segundo o Presidente, é para dar “paz aos motoristas”. Seria a paz dos cemitérios?

Agora, quer acabar com a multa para quem desrespeita a regra de transportar crianças na cadeirinha, substituindo por uma mera advertência. Menos mal que a atitude insana do Presidente foi rebatida com veemência e será desautorizada no Congresso.

Tem mais. Quer acabar com o exame toxicológico dos caminhoneiros, quando sabe-se que tais profissionais, para cumprir longas jornadas de trabalho, utilizam-se de remédios estimulantes. Outro disparate amazônico.

O Brasil, como sabemos, está muito longe de ser considerado um país com padrões civilizados. Cerca de 40 mil pessoas morrem em acidentes de trânsito, muitos deles verdadeiros crimes.

É o quinto no ranking da OMS com mais mortes no trânsito. Enquanto isto, o Presidente, literalmente, insiste em dirigir o país na contramão! Haveria alguém com lucidez, tranquilidade e firmeza para conduzir o governo?

A severidade na aplicação das punições vem resultando na diminuição das mortes em nossas ruas e estradas. Isto, entretanto, parece não sensibilizar o chefe da Nação que, previsivelmente, o máximo que consegue é identificar-se como herói dos motoristas irresponsáveis.

Quando o prefeito de NY, Bill de Blasio, disse ser Bolsonaro “um ser humano muito perigoso”, as hostes bolsonarianas foram à loucura. Mas, convenhamos, o prefeito Blasio apenas fez uma constatação. Estaríamos diante de um dos Cavaleiros do Apocalipse?



Nosso maior desafio é a humanização, através do conhecimento crítico e reflexivo. O conhecimento nos torna melhor seres humanos. A escola e a vida são oportunidades de aprendizagem, socialização e construção de conhecimentos. (Nei Alberto Pies)

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