“O Sermão da Montanha para Crianças”

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Estas histórias instigam as crianças no desenvolvimento de suas potencialidades anímicas, buscam extrair as tendências positivas, inatas no espírito humano, ao que é bom, belo e verdadeiro e que precisam ser despertadas. Estas boas histórias têm o poder de falar, em profundo silêncio, ao espírito da criança, educando as dimensões morais, emocionais e espirituais de sua inteligência.

A OLSEN EDITORA sente-se honrada em participar do lançamento desta obra, fruto do trabalho das autoras Donatela Dourado Ramos e de Maria Isabel Bolson Arruda, sob supervisão editorial de Gladis Pedersen de Oliveira, no dia 19 de dezembro de 2021, Na S.B.E. Bezerra de Menezes, em Porto Alegre. A programação festiva encerrou com momento artístico e seção de autógrafos.

É um livro que também pode ser utilizado em escolas ou na família, onde as autoras apresentam as Bem-aventuranças de Jesus às crianças.

Para contornar a natural dificuldade de tratar de um tema de tamanha profundidade, dirigido a esse público, são apresentadas pequenas histórias originais ou adaptadas e casos baseados em fatos.

Após cada história, são trazidas explicações que podem servir de subsídios a pais,                   avós, tios e educadores  para abordar o assunto com as crianças.

Jesus foi o maior contador de histórias que o mundo já conheceu. Procurava sempre usar de linguagem apropriada ao seu público e de imagens conhecidas. Ele dava exemplos concretos e transmitia sua mensagem a partir dos conhecimentos, hábitos e costumes das pessoas que o ouviam, na época em que esteve entre nós. Sabia que para muitas lições precisaria usar símbolos, parábolas, para ser melhor entendido.

Estas histórias instigam as crianças no desenvolvimento de suas potencialidades anímicas, buscam extrair as tendências positivas, inatas no espírito humano, ao que é bom, belo e verdadeiro e que precisam ser despertadas. Estas boas histórias têm o poder de falar, em profundo silêncio, ao espírito da criança, educando as dimensões morais, emocionais e espirituais de sua inteligência.

Para ilustrarmos o valor do trabalho, colocamos a história “Um pedido de desculpas”, do capítulo 3 da referida obra (Bem-aventurados os mansos porque possuirão a Terra):

Quando o menino Marcos chegou em casa com o bilhete da professora, informando que ele havia batido em uma coleguinha, sua mãe ficou muito desapontada, pois seu filho nunca tinha feito isso antes.

– Como isso tinha acontecido? – pensava a mãe, enquanto Marcos tentava explicar, sem sucesso!

– Meu filho! Vou te contar uma história que aprendi na Escolinha de Evangelização, quando pequena:

Certa vez, dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram, pela primeira vez, em conflito. O que começou com um pequeno mal-entendido, finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio.

Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem à sua porta. Ao abri-la, notou um homem com uma caixa de ferramentas de carpinteiro em sua mão, que lhe disse:

– Estou procurando por trabalho. Posso ajudá-lo?

– Sim! disse o fazendeiro. Claro que tenho trabalho para você. Veja aquela fazenda além do riacho. É de meu vizinho, na realidade, do meu irmão mais novo. Brigamos e não posso mais suportá-lo. – Vê aquela pilha de madeira perto do celeiro? Quero que você me construa uma cerca bem alta ao longo do rio para que eu não precise mais vê-lo.

– Acho que entendo a situação, disse o carpinteiro. Mostre-me onde estão o martelo e os pregos que, certamente, farei um trabalho que lhe deixará satisfeito.

Como precisava ir à cidade, o irmão mais velho ajudou o carpinteiro a encontrar o material e partiu.

O homem trabalhou arduamente durante todo aquele dia, medindo, cortando e pregando. Já anoitecia quando terminou sua obra, ao mesmo tempo que o fazendeiro retornava. Porém, seus olhos não podiam acreditar no que viam. Não havia qualquer cerca! Em seu lugar estava uma ponte que ligava um lado do riacho ao outro.

Era realmente um belo trabalho, mas, enfurecido, exclamou:

– Você é muito insolente em construir esta ponte após tudo que lhe contei!!!

No entanto, as surpresas não haviam terminado. Ao erguer seus olhos para a ponte, mais uma vez, viu seu irmão aproximando-se da outra margem.

Cada um dos irmãos permaneceu imóvel de seu lado do rio, quando, num só impulso, correram um na direção do outro abraçando-se e chorando no meio da ponte. Emocionados, viram o carpinteiro arrumando as ferramentas e partindo.

– Não, espere! – disse o mais velho. Fique conosco mais alguns dias, tenho muitos outros projetos para você.

O carpinteiro então lhe respondeu:

– Adoraria ficar, mas, tenho muitas outras pontes para construir.

– Que legal esta história mãe!

– Que bom que gostaste, filho! Vê a lição aprendida pelos dois irmãos, se não fosse a ponte construída, até hoje estariam brigados e perdendo a oportunidade do convívio fraternal. Eu serei a sua ponte! Amanhã você vai levar um vaso de flores para a sua amiguinha, pedir desculpa e não voltar mais a brigar com quem quer que seja.

– Está certo, mãe, eu sei que errei. E você vai comigo?

– Sim, filho! Estarei sempre ao seu lado.

No outro dia, Marcos entregou o lindo vaso de flores para sua coleguinha e pediu desculpas pela atitude na frente de toda a classe. A paz estava selada e a lição aprendida.

(Adaptada da história “Construindo Pontes” – DIJ/FEB -2º Ciclo-de- -Infância-Modulo-III)

Após cada história, as autoras oferecem a proposta de reflexão: “Vamos tentar entender o que Jesus quis dizer sobre quem são os mansos, os brandos? A partir daí é desenvolvida a ideia básica da Bem-aventurança.

As autoras do livro representam o “semeador”, das parábolas de Jesus. Elas estão lançando a semente do bem na terra fértil do coração infanto-juvenil.

Autora: Gladis Pedersen de Oliveira

Edição: Alex Rosset

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