O ser e o não-ser das crianças e das árvores: de Parmênides a Paulo Freire

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Cada criança e cada árvore tem o seu jeito de ser. As árvores, por exemplo, podem ser da mesma espécie, mas cada uma delas tem algo que as diferencia das outras, por isso é importante que conservemos as florestas para que possamos ter uma diversidade de árvores capazes de nos transmitir narrativas distintas, mas que dizem coisas quase sempre iguais, pois juntas e próximas umas das outras elas se conectam com os deuses e nos transmitem mensagens parecidas.

Assim dizia o poeta Manoel de Barros “Senhor, ajudai-nos a construir a nossa casa / Com janelas de aurora e árvores no quintal – / Árvores que na primavera fiquem cobertas de flores / E ao crepúsculo fiquem cinzentas como a roupa dos pescadores.” Sim, Senhor ajudai-nos a construir as nossas casas mesmo no meio da cidade grande com árvores frondosas e cheias de galhos.

Para que as crianças possam desfrutar de seus frutos e folhas nos finais de tarde diante da primavera ou até mesmo do outono. Que as suas folhas sejam as roupas da terra a embelezar o chão. Em cada casa haverá uma criança e uma árvore a brincarem de ser felizes além deste mundo real, mas no mundo que só as crianças conseguem entrar, o imaginário.

Outro dia fui questionada o que é o ser das coisas e se existe o ser existe também o não-ser. Isso levou-me a pensar no filósofo Parmênides e, de repente, me peguei pensando também nas crianças e nas árvores. Nesses seres que tanto amam e fazem da minha vida uma constante alegria. Talvez nunca tenha parado para pensar na verdadeira existência das crianças e das árvores, na relação de afeto que tenho por elas e isso me deixou intrigada.

Penso que sem as crianças e sem as árvores eu não seria quase ninguém, quase nada nessa vida, porque tudo ao meu redor tem um pouco de criancice e um pouco de árvores. Já falei aqui da minha pequena floresta que foi queimada, do meu cajueiro da infância, da mangueira de dona Marilde e também vivo a falar das crianças que fazem parte do meu viver. Talvez não tenha falado tanto de como são essas crianças, e isso deixe vocês um pouco curiosos.

As minhas crianças gostam de brincar na rua. Ficam a correr pra lá e pra cá o dia inteiro. Não gostam de produtos eletrônicos. Preferem uma partida de futebol, uma brincadeira com bonecas do que ficarem presas na tela de um celular ou tablet. Também gostam de proteger a natureza e nunca pisam nas flores dos canteiros da minha rua. São crianças alegres e dificilmente ficam doentes. Estão sempre a sorrir das coisas mais engraçadas que acontece no dia a dia e com tudo fazem uma festa.

Sim, elas existem e vivem perto de mim. Gostam de gatos, cachorros, patos, sapinhos e lagartixas. Adoram fazer barulho. Quando a rua está silenciosa é porque elas estão na escola. Sim, elas fazem parte do mundo do ser, ou seja, de tudo aquilo que existe e nós conseguimos formar uma ideia no pensamento.

Estudo o filósofo Parmênides faz alguns anos. Não podemos dizer ao certo quando nasceu e morreu Parmênides, apenas localizá-lo entre o final do século IV e começo do século V a.C. Sabemos, no entanto, que ele foi o criador da Escola Eleática. O pensamento da escola eleática, dos quais também são representantes Melisso e Zenão, é marcado por não procurar uma explicação da realidade baseada na natureza.

As preocupações dos filósofos eleatas eram mais abstratas e podemos ver nelas o primeiro sopro de uma lógica e de uma metafísica. Defendiam a existência de uma realidade única, por isso ficaram conhecidos também como monistas, em oposição ao mobilismo. A realidade para eles é única, imóvel, eterna, imutável, sem princípio ou fim, contínua e indivisível.

Sempre intrigou-me a sua teoria do ser e do não-ser. Talvez para alguns sejam uma teoria simples, mas não é. Ela é complexa e exige bastante estudo e anos de pesquisa. Dizer que uma coisa é e que ela não pode ser e não ser ao mesmo tempo é meio confuso. Algo somente pode ser porque esse algo pode ser formado em nosso pensamento e tudo aquilo que nos cria uma ideia de imagem existe. O não-ser não existe porque ele não cria uma ideia. Ele é vazio de pensamento. Não pode ser pensado. Não pode ser elencado como algo que esteja em nossa mente.

Ora, apenas o ser pode ser pensado, já que o não-ser não é. Se eu não consigo ter uma ideia do que a coisa é, não posso pensá-la – e o que não pode ser pensado não é ser. Daí, Parmênides conclui que só o ser é – e que o não-ser não é.

O ser é todo inteiro – se o ser tivesse partes, algo nele seria separado, não fazendo parte do ser, mas isso seria não-ser. Consequentemente, o ser, sendo uno e indivisível, não pode ter partes e o ser é imutável – o ser não pode ter surgido do não-ser ou tornar-se não-ser, já que o ser só pode ser idêntico a si mesmo – e não pode ser e não-ser ao mesmo tempo. Acreditar que o ser foi gerado significa dizer que houve um tempo em que o ser era não-ser, o que é contraditório. Logo, o ser é eterno, sem começo nem fim.

O mesmo se aplica ao dizer e ao pensar. Só podemos pensar no que é, pois só o que é exprime-se em palavras. Pensar em nada é não pensar; dizer nada é ficar em silêncio.

Como vimos acima, o ser é inteiro e imutável e isso nos leva a refletirmos sobre as crianças e as árvores. Primeiro, começo pelas crianças que são inteiras, completas, ou seja, elas não são divididas, não são formadas por partes. A criança é um ser uno e indivisível. Cada criança é um ser, por isso nenhuma é igual a outra. E isso nos leva ao pensamento de respeito e cuidado quando formos educá-las, porque sendo diferentes têm pensamentos distintos que precisam ser aceitos pelos pais e responsáveis.

Muitas vezes, queremos que as crianças sejam iguais umas às outras e até mesmo criticamos as nossas crianças perguntando “por que você não age igual ao amiguinho?” ora, ora, ela não vai agir igual a ninguém porque ela é um ser uno que tem seus próprios pensamentos e constrói um mundo à parte que é só seu.

Assista ao vídeo: O livro As árvores frondosas e suas crianças maravilhosas é fruto da observação da natureza e suas transformações no transcurso do tempo, assim como o do contato diário com meus alunos, com seus temperamentos e particularidades. A união dessas duas vivências deu origem a uma visão poética das semelhanças entre árvores e crianças. Ele tem por objetivo despertar os leitores, de todas as idades, para a natureza que nos cerca, unindo poesia, arte, psicologia e observação atenta do mundo e de seus encantos.  https://youtu.be/covkHVyhuIQ?t=1

No que diz respeito as árvores, o ser inteiro e imutável significa que ela não pode ser vista apenas pelas suas folhas, frutos, troncos ou raízes, mas pelo conjunto completo que lhe dá essa forma. A árvore nunca será o não-ser, pois se ela é certamente não surgiu de algo que nunca existiu, ela sempre foi e sempre será. Logo, precisamos cuidar das árvores para que continuem a existir e possamos falar do que ela é, pois só assim poderemos falar sobre elas em palavras e criar ideias sobre elas.

Nesta questão do ser das árvores fica uma reflexão para todos nós: e se um dia as árvores forem destruídas do nosso planeta? É preciso que cuidemos disso urgentemente.

Como poderão as nossas crianças fazer uma ideia de pensamento delas se já não existirem mais? Como ficará o pensamento de Parmênides? Porque enquanto ser a árvore existe e não pode não-ser, porque assim não seria formada palavra sobre ela e sim um silêncio substancial.

Trago essa questão do ser e do não-ser para que possamos refletir sobre os nossos gestos e atitudes para com as nossas árvores nos dias atuais. Estamos desflorestando e queimando as árvores. Estamos cortando as árvores das nossas ruas e não plantamos mais árvores em casas. O ser das árvores é completo, é um todo, e precisa ser cuidado para que não se transforme em partes e venha a deixar de existir. E quando essas partes forem separadas simplesmente deixarão de existir e passarão a não-ser, ou seja, as árvores morrerão. 

Se derrubamos uma árvore aqui, se podamos mal podada outra ali, se machucamos o tronco de uma árvore mais acolá, se não as regamos com cuidado elas aos nossos olhares se tornarão pequenas partes e mesmo que Parmênides afirme que o ser não pode ser separado e nem feito de partes estaremos contribuindo para destruição do pensamento do nosso filósofo e das nossas árvores. Todo ser precisa ser completo na sua essência. Para existir, o ser da árvore necessita de todas as suas partes saudáveis e bem formadas nos nossos pensamentos senão elas não serão árvores nunca.

Aquilo que conseguimos pedir às crianças para desenharem numa folha de papel como sendo árvores é fácil para elas porque faz parte do ser e não do não-ser. As crianças conseguem desenhar porque é algo que existe, que elas podem pensar sobre e até mesmo conseguir falar das árvores.

A ideia do filósofo Parmênides faz-nos lembrar do não-ser também. E o não-ser é tudo aquilo que não pode ser porque nunca existiu. Se pensarmos assim as árvores poderão até continuar a ser, mas serão apenas lembranças longínquas no pensamento de cada um de nós. É como se falássemos aqui dos dinossauros. Eles existiram e foram o ser, nunca foram o não-ser e nunca serão. Apesar de fazer milênios que já se foram conseguimos desenhá-los e fazer uma ideia de como eles foram.

O que não podemos aceitar é que as árvores deixem de existir e passem apenas a serem lembranças nas cabecinhas das nossas crianças. Não queremos que aconteça com as árvores o que aconteceu com os dinossauros, mesmo porque precisamos delas para muitas coisas.

Assim sendo, para Parmênides, a verdade não precisa estar em conformidade com os fenômenos, mas, ao contrário, a verdade muitas vezes é paradoxal, ou seja, contrária ao que a opinião ou os sentidos indicam. Enquanto os pitagóricos advogavam a existência de uma pluralidade, Parmênides afirma que tudo é uno e contínuo. As crianças e as árvores são unas. Elas não se dividem em partes e nem podem estar em vários locais ao mesmo tempo.

Cada criança e cada árvore tem o seu jeito de ser. As árvores, por exemplo, podem ser da mesma espécie, mas cada uma delas tem algo que as diferencia das outras, por isso é importante que conservemos as florestas para que possamos ter uma diversidade de árvores capazes de nos transmitir narrativas distintas, mas que dizem coisas quase sempre iguais, pois juntas e próximas umas das outras elas se conectam com os deuses e nos transmitem mensagens parecidas.

Os nossos sentidos às vezes nos enganam e, quando pensamos que uma árvore nos diz tal coisa sobre si, ela está querendo dizer outra coisa que não conseguimos construir uma ideia e acabamos ficando perdidos em sensações de mistérios infinitos.

As árvores são unas e isso precisa ficar bem claro no nosso pensamento. Cada árvore é um ser e ela nunca se tornará o não-ser porque ela existiu um dia. Assim como as crianças são unas e nunca se tornarão o não-ser porque elas são constituídas de elementos que sempre existiram na natureza. O que nos leva a pensar sobre as árvores e as crianças serem unas? Talvez possamos pensar nessa unicidade como sendo algo proveitoso para preservação das florestas e para a educação das crianças.

Quando protegemos uma floresta estamos sendo guardiães de narrativas de árvores distintas, ou seja, de histórias seculares ou não que têm em si suas vivências contadas pelo homem já que as árvores, claro não falam. Quem conta as suas narrativas são os homens que convivem perto delas.

As crianças sendo unas nos chamam a atenção para o cuidado na sua educação. Nem toda educação deve ser igual. Tem aluno que aprende mais rápido do que o outro, tem aluno que custa mais a aprender, tem aluno que gosta de matemática e outro de português e por aí vai.

Precisamos respeitar o conhecimento de mundo e a autonomia de cada aluno como dizia o nosso querido educador Paulo Freire. O ser da criança se forma a partir da educação que ela recebe em casa e consegue levá-la para sala de aula produzindo assim conhecimentos necessários para a sua alfabetização. Precisamos mais do que nunca respeitar esse ser da criança e não vê-la como partes separáveis. A criança é inteira e completa. E essa completude ficará cada vez mais forte com o conhecimento adquirido em sala de aula.

Na sua pedagogia, Paulo Freire parecia conhecer um pouco do pensamento de Parmênides quando unia o conhecimento do mundo da criança ao conhecimento escolar sendo pautado num pensamento crítico e de que a criança deve ser vista por completo e não como partes que vão se encaixando a partir de conhecimentos que nada dizem.

O educador que completou agora em 2021, 100 anos do seu nascimento, o nosso querido Paulo Freire, sabia que a criança é una é imutável quando diz nos seus escritos que a educação não deve ser bancária, mas uma educação reflexiva e crítica.

A criança sempre será uma criança e sempre terá o seu pequeno mundo que deve ser respeitado pelos pais e educadores, logo precisa desenvolver com esse conhecimento da realidade o seu pensar crítico diante das coisas que lhe são apresentadas todos os dias como necessárias para o seu bom viver.

Não eduquemos as crianças tirando delas a sua autonomia. Deixemos que pensem por si próprias e que levantem questões talvez nunca antes percebidas por outras crianças, pois o que é belo é pensar criticamente diante do ensino que se propõe a mostrar a realidade como ela é de fato.

Para Parmênides, ainda, o ser é idêntico a si mesmo: se o Ser fosse diferente de si mesmo, ele não seria o que “é”. Em outras palavras: se não fosse idêntico a si mesmo, o Ser não seria ele mesmo, o que é impossível, pois, o ser “não pode não ser”. Ser idêntico a si mesmo dá a ideia de que cada ser é uno e tem as suas próprias caraterísticas. Muitos podem dizer que as árvores são unas. Não! Cada árvore é um ser. Assim como cada desenho que fazemos é algo diferente. Nada pode ser igual.

O sentido de estarmos aqui neste planeta chamado Terra é que as coisas são todas diferentes umas das outras e é isso que nos torna grandes e maravilhosos diante dos outros mundos, se é que existem outros mundos. Uma árvore pode fazer um tipo de sombra que outra não faz, uma árvore pode deitar os seus galhos pelo chão o que outra não faz. Essa diferença que constitui as árvores é que nos chama a atenção para o cuidado de as preservarmos.

Uma floresta é muito importante para que continuemos a experienciar o pensamento do nosso filósofo Parmênides. Nas florestas, encontramos diversos tipos de árvores. O ser das árvores faz delas únicas no mundo. Cada uma contribuindo para o bem do planeta da sua forma. É isso que devemos ensinar às nossas crianças, essas coisas que os filósofos trouxeram da natureza e formularam teorias.

E segundo o nosso filósofo o ser é um, ou seja, não podemos conceber que exista outro Ser, pois, se houvesse um “segundo ser”, ele seria diferente do “primeiro ser” — o que é impossível, pois, assim, “o primeiro ser” teria que não ser o “segundo ser” e teria que ser compreendido como não sendo. Além disso, é absurdo pensar que o Ser não é. Por isso, só pode existir um Ser. Conforme vimos até aqui, o ser é apenas um, ou seja, cada elemento da natureza é uno e aquilo que pensamos sobre ele é o que o torna ser. O ser das árvores é crescer, dar sombras, frutos e nos proteger contra a poluição. O ser das crianças é crescer, tornar-se adulto e proteger o mundo ao seu redor.

O ser não pode ser gerado, ou seja, nada pode ser gerado do nada (“o nada não é e não pode ser”), então ele não pode dar origem ao ser. Se fosse gerado de outro ser seria admitir que existem dois seres e um deles seria o “não-ser” de outro, e isso é impossível. Para o filósofo Parmênides e aqui no nosso texto as árvores sempre existiram e as crianças também.

Quando o mundo foi criado, de uma certa forma, já havia árvores e crianças nele e que bonito pode ser ver isso no pensamento do nosso filósofo. Se desde a criação do planeta terra sempre existiram as árvores e as crianças e que elas não precisaram ser geradas de outro ser é porque não existem dois seres, logo o não-ser nunca existirá para elas.

O ser é imutável, isso nos diz que a mudança faria com o que o ser deixasse de ser aquilo que é e se tornasse algo que ainda não é. Desse modo, admitir a possibilidade de mudança seria admitir o contrário daquilo que já estudamos: o que não é ser nada é, ou seja, passaríamos a concordar com a existência do não ser.

Se até mesmo a passagem de tempo não é admitida no pensamento parmenidiano, pois o ser seria eterno, não é difícil entender que as outras mudanças devem ser excluídas, pois só é possível pensar em mudança em relação à temporalidade. Só percebemos a mudança de um objeto A porque no passado ele era A e, no momento presente, ele é B. É por isso que Parmênides diz que o Ser “jamais foi nem será, pois é, no instante presente”.

As árvores e as crianças nunca mudam a sua essência, elas podem até mudar os seus jeitos de pensar e agir no mundo, mas nunca mudarão o que é, ou seja, o que realmente são. Dizendo melhor, as crianças serão sempre crianças e as árvores serão sempre árvores e com isso quero dizer que uma árvore nunca deverá tornar-se um móvel ou coisa parecida porque aí estaria deixando de ser. A árvore é e pronto. Assim como a criança é.

O ser é imóvel e isso nos diz que da mesma forma que a temporalidade está associada à mudança, está associada ao espaço: para mover de um lugar ao outro é preciso, também, deslocar-se no tempo. A criança não pode estar em dois lugares ao mesmo tempo e a árvore jamais poderá estar em dois lugares ao mesmo tempo, por isso dizemos que as árvores são diferentes e não se deslocam no tempo. O ser descansa em si próprio sempre, ou seja, ele não precisa se deslocar para lá e para cá, ele é e está ali no seu lugar assim como as árvores que ficam presas ao chão balançando seus galhos e as crianças gostam de ficar brincando ali no chão da sala.

Quero explicar que este ensaio é motivo de muitos estudos ainda e que tive a colaboração do site SANTOS, Wigvan Junior Pereira dos. “O Ser para Parmênides”; Brasil Escola, disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/o-ser-para-parmenides.htm., (acesso em 08 de outubro de 2021)para redigí-lo.

Na verdade, o que quis mostrar para vocês é que as árvores e as crianças são seres unos e imutáveis e que não foram gerados por nada, ou seja, sempre estiveram presentes no planeta. Claro que isso é motivo de muita discussão e de comentários controversos, como também de sugestões. Estou aberta a ouví-los, meus caros leitores.

Para finalizar, deixo vocês com os versos do poeta português Fernando Pessoa que nos diz “Quando vier a Primavera, / Se eu já estiver morto, / As flores florirão da mesma maneira / E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada. / A realidade não precisa de mim.” Talvez a realidade não precise de mim, mas eu preciso dela para não morrer antes que a primavera acabe.

Especial Para as Crianças – Qual a importância de uma única árvore para o Planeta Terra? Assista: https://youtu.be/vs6ChftV-bs?t=100

Autora: Rosângela Trajano

Edição: Alex Rosset

7 COMENTÁRIOS

  1. Excelente ensaio! Li com muito prazer… Achei lindo o pensamento do filósofo Parmênides que entendia ser as árvores e as crianças seres uns, ou como entendi, singulares na face do planeta.Eu também no meu entender assim as considero…

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