Inteligência emocional de crianças?

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Estudar as emoções é como mergulhar na alma da criança
e iluminar cavernas com a luz do sol para que as sombras
desapareçam e permaneçam apenas as ideias reais e sem sustos.

As crianças pequeninas ainda não sabem como lidar com as suas emoções, por isso necessitam de pessoas que lhes ajudem a enfrentarem seus medos, angústias, aflições, raivas e perdas.

É preciso dizer a criança que ela não está sozinha com essas emoções e que nos preocupamos com ela, por isso o ensino da inteligência emocional na sala de aula é tão importante.

Quando as emoções não são bem cuidadas, o pranto vem como consequência. O professor deve estar preparado para saber lidar com a inteligência emocional dentro da sala de aula, de forma que as crianças se sintam confiáveis e zeladas por alguém que as compreende.

Quando uma criança souber que um adulto compreende as suas emoções é muito bom, pois sabe que não está sozinho nesse mundo difícil de enfrentar.

Vivemos muitas emoções o tempo todo. Lidamos com a raiva, as perdas, a ansiedade e tantas outras emoções que nem sabemos qual mais nos aflige, assim são as crianças diante das suas avaliações, testes de conhecimentos, competições esportivas, olimpíadas de matemática, astronomia ou português.

A cada teste que a criança é submetida, desencadeia-se dentro dela uma tensão emocional que faz roer as unhas, que dá dor de barriga, que faz tremer as mãos e suar em excesso. Esses sintomas físicos são causados pelas emoções sentidas na alma.

Como o professor deve ensinar a inteligência emocional às suas crianças?

Primeiro, ele deve contar às crianças histórias que falem de emoções, conversar sobre essas histórias e suas personagens, mostrar às crianças uma solução e o mais importante dizer para elas que podem vencer as emoções por mais difíceis que pareçam.



A fragilidade dos laços na criança do mundo contemporâneo tem crescido nos últimos anos, igual à fragilidade dos laços no mundo dos adultos. As crianças não ficam mais presas a um amigo, animal ou brinquedo. Tudo é trocado por objetos tecnológicos de última geração.



Atualmente, temos vários livros com temas ligados a inteligência emocional para crianças que podem auxiliar o professor em sala de aula. O importante é não deixar a criança ficar ansiosa por demais com algo que pequeno, ou seja, não permitir que a criança crie monstros dentro de si antes mesmo de vivenciar o problema.

Sofrer por antecipação não é bom para ninguém, principalmente para as crianças que estão conhecendo coisas novas todos os dias.

A inteligência emocional ajuda a criança a lidar com as dificuldades e os problemas diversos que podem surgir na sua vida de uma forma menos dolorosa. Enfrentar a perda de um parente ou de um animal de estimação é algo doloroso por demais, porém se a criança sabe lidar com as suas emoções esse sofrimento tende a diminuir ou ser repassado para outras atividades como a música, o desenho, a poesia e o esporte.

Antigamente, os professores se preocupavam apenas com a inteligência cognitiva dos seus alunos deixando-os a mercê das dificuldades do mundo. Hoje, com um mundo que exige cada vez mais que nos tornemos competitivos e seguros diante daquilo que buscamos, precisamos cuidar das nossas emoções para alcançarmos os nossos objetivos.

O quociente intelectual está sendo substituído pelo quociente emocional, ou seja, se a criança é capaz de lidar com problemas lógicos de uma forma tranquila e sem ansiedade.

Escrever textos reflexivos sobre a vida exige habilidades maiores do que simplesmente conhecimentos de língua portuguesa, história e geografia, mas que a criança saiba utilizar as emoções para descrever o que está no seu pensamento de forma a trabalhar as suas ansiedades e expectativas diante do mundo.

Vivemos num mundo de relações descartáveis onde hoje temos um amigo e amanhã ele já não está mais entre nós, as crianças precisam aprender a lidar com isso. Um mundo onde os nossos pais se separam e cada uma vai para o seu lado. É preciso que a criança esteja preparada emocionalmente para aceitar coisas assim.

O contato com a inteligência emocional logo nos primeiros anos proporciona um crescimento diante das grandes dúvidas da vida, das angústias e aflições que somos submetidos o tempo todo.

É preciso levar a inteligência emocional para as salas de aulas de todas as escolas públicas do nosso país com certa urgência, pois só assim reduziremos a indisciplina e aquelas crianças tímidas poderão ter mais oportunidades para se conhecerem mais trabalhando com os amiguinhos as emoções que muitas vezes ficam escondidas dentro delas até a idade adulta.

Chorar, sofrer, ficar ansioso, faz parte da vida de toda criança saudável, o que torna-se um problema quando isso passa a ser duradouro e persistente.

A inteligência emocional trabalha com aquilo que há de mais bonito na gente, ou seja, as emoções que muitas vezes só aparecem quando somos submetidos a situações novas. O novo causa espanto e medo, por isso as crianças devem vivenciá-los sempre que possível seja fazendo visitas a parques ecológicos, laboratórios de pesquisas ou leituras de livros paradidáticos.

Uma criança nunca chora por nada, se ela chora é porque algo está a perturbá-la. A melhor coisa que o professor deve fazer, nesse caso, é investigar a causa daquele pranto conversando com a criança, mostrando que se importa com ela.

Crianças com inteligência emocional tendem a absorver o ensino-aprendizagem de forma mais rápida e eficiente. Elas não têm medo de errarem por que sabem que todos erramos, logo não ficam tão ansiosas diante das avaliações.

Estudar as emoções é como mergulhar na alma da criança e iluminar cavernas com a luz do sol para que as sombras desapareçam e permaneçam apenas as ideias reais e sem sustos.


O aluno que recebe afeto do professor também passa a conhecer mais as suas emoções e aprende a conviver com indivíduos de pensamentos diferentes sem se preocuparem se são ou não amados. 

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