Apoio greve dos professores do RS

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Professor não é vocacionado, assistencialista ou prestador de serviço gratuito. Professor não quer ficar rico, famoso, ou ter jatinho financiado pelo Estado ou às custas da exploração do trabalho alheio.

Nenhum cidadão brasileiro, independente da profissão que exerce, merece sofrer a injustiça e a desvalorização social, ter os rendimentos reduzidos injustamente e a dignidade humana ofendida.

Professor não é vocacionado, assistencialista ou prestador de serviço gratuito. Professor não quer ficar rico, famoso, ou ter jatinho financiado pelo Estado ou às custas da exploração do trabalho alheio. Se quer, está na profissão errada. Mas, ao professor é devido uma remuneração proporcional à formação e ao esforço exigido da profissão.

Se a educação formal ainda não tem a qualidade que desejamos, não é culpa dos professores, a culpa é da desvalorização dos professores, da instrumentalização do saber, do uso da educação para manutenção única e exclusivamente do desenvolvimento econômico sem a menor preocupação com o desenvolvimento humano.

Se há professores ruins, relapsos, assim como ocorre em qualquer profissão, as providências devem ser tomadas. É raso e falacioso os argumentos que generalizam a profissão docente.

Ser professor, não significa exercer a profissão mais digna do mundo, nenhuma delas merece essa denominação, até porque, e maioria das profissões formais exercidas no Brasil só o são por meio de uma formação que exige a presença do professor.

Professor não é “coitadinho”, não é “herói”, não precisa que se curvem diante dele e muito menos é um desocupado. Professor é um trabalhador intelectual e isso exige muito tempo de preparação continuada, dedicação, custos com livros, cursos, pesquisas, elaboração de atividades, conhecimentos inter, multi e transdisciplinares.

Ser professor, como toda profissão, exige apenas ser respeitado e digno. Na educação básica, principalmente, a presença do professor é condição sem a qual nem mesmo aqueles que criticam os professores o poderiam fazer sem ter tido um professor.

É porque todo mundo que ter razão sobre educação que temos uma educação tão rasa.

Acorda Brasil!

Aquele ser humano que critica os professores e os ofende, sugiro que seja coerente e solicite seu salário parcelado, redução do próprio salário para ajudar o Brasil a sair da crise, e, se exerce profissão regulada por lei, que aceite trabalhar muito abaixo do valor do piso salarial da sua profissão.


Professor, mesmo que queira, não tem condições de doutrinar ninguém. Prova disso é que, se os professores doutrinassem, ao menos não se teria tanta ignorância e argumentos falsos dominando o coletivo comum.

O salário recebido pelos professores no Brasil, é um dos mais pífios do mundo. O pobre, que ganha em média R$ 1.200 reais por mês, acha que é pobre porque tem o outro pobre que ganha entre R$ 1.300 a R$ 5.000 por mês ou um pouco mais. E assim, nós, os pobres, e principalmente os pobres que acham que são classe média ou pequenos burgueses, nos matamos entre nós enquanto enriquecemos os verdadeiros ricos que nos oprimem.

Eu apoio a greve dos professores porque se o Brasil pára e se mobiliza em favor da política do circo também precisa aprender a parar e pensar quem, nesse circo, é a verdadeira piada.

Se você não apoia os professores, rasque seu diploma, tire seu filho da escola, não faça uso de nenhum conhecimento produzido e acessados historicamente pela humanidade, volte para a caverna porque deu tudo errado e você tem culpa nisso também.

Professores, lutemos! Coragem! Em frente e enfrentem!

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