A paranoia do desconstruir

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Brazil's Environment Minister Ricardo Salles gestures during a meeting with a Senate committee in Brasilia, Brazil March 27, 2019. REUTERS/Ueslei Marcelino

A dupla, Ricardo Salles, do Meio Ambiente
e o presidente do Instituto Palmares, Sergio Camargo,
assumem claramente a função de déspotas na destruição de valores.



O primeiro, desde os primeiros episódios que marcaram desastres, ocupou-se em criar narrativas absurdas sobre as causas dos sinistros. Assim foi no derramamento de petróleo que danificou nossas águas, e nos incêndios das matas. O ataque foi generalizado às ONGs, à esquerda, aos comunistas, enfim, em formas provocantes e solertes. No mesmo rumo, a propositada omissão diante da escancarada realidade que exige investigação e ação governamental.

Sergio destila fel sobre as construções históricas da luta pela valorização da cultura negra. Agora se põe como julgador emérito da própria história excluindo sumariamente nomes que se destacam na longa jornada de combate ao racismo. Detonar os sagrados momentos tornou-se obsessão assumindo o que é dito papel de capitão do mato. O método é perverso. A insidiosa campanha visa matar edificação legítima de um alvorecer promissor para a justiça social. Este sadismo explícito pode até parecer ingênuo, mas expõe prepotência e dose de veneno.

Em meio a este pragmatismo esdrúxulo está a paranóia destruidora que visa eliminar avanços do pensamento social democrático e mais justo. Volta e meia irrompe um modo de pensar urdido nos negacionismos e artimanhas para desmotivar a dura jornada da harmonização social. É o falso proceder autocrático pela destruição de valores. Eles surgem como novos bárbaros intermitentes.

O apadrinhamento do governo a estas vilanias que já se torna célebre tenta desestabilizar o senso e o respeito cívico.

Um alerta final · Cuidado, uso de máscara, higiene, água potável, sol e outras prevenções não podem ser dispensadas. Ninguém escapa de estranhas sensações, irritação, e tanta coisa. Por isso é sempre bom avaliar o estado de lucidez. Alguns conselhos devem ser cuidadosamente avaliados. Agora e em toda vida. Até o extraordinário pensador grego – Aristóteles, mesmo devotado a seu mestre Platão advertia sabiamente: “Amicus Plato, sed veritas magis amica” (amigo Platão, mas a verdade é mais amiga)

“Seremos educadores sociais, responsáveis por humanizar, pelo estímulo à capacidade de pensar. Fake News é típico exemplo de pessoas que abandonaram a capacidade de pensar. E essas pessoas estacionaram no pensamento simples e superficial, de frases clichê. De repetir ideias simples para ter alguma vez na “explicação” da realidade. Mas sem ter trabalho nenhum de pensar e refletir. E se formamos pessoas assim, o fascismo mora na simplificação, no ódio baseado em pensamento simplista. Estamos flertando com o agrupamento de ideias e pessoas que abriram mão ou não tiveram acesso ao pensamento complexo e profundo. (Ivan Dourado, 21/10/2018) Leia mais aqui.

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