A violência no RJ, sobretudo a que recai sobre o grupo social 3P
(preto, pobre e puta) é resultante da ausência histórica
de políticas públicas, por parte dos governantes corruptos
que ocuparam e ocupam as esferas de poder do Estado carioca.

 

O corrupto governo Temer (MDB) decretou intervenção militar no RJ. O não menos corrupto governador do RJ, Luiz Fernando pezão (MDB), aplaudiu. O prefeito do RJ, Marcelo Crivela (PRB), viajou pra Europa durante o carnaval e as enchentes se omitindo. De lá, por nota, agradeceu e parabenizou o “Bento Carneiro” (com respeito ao personagem do Chico Anysio pela analogia).

A imprensa burguesa brasileira deu, e está dando, sustentação política a arbitrariedade intervencionista militar.

O cenário está montado para ludibriar a população brasileira. Analisaremos, abaixo, quais são as reais intenções do governo corrupto e sua quadrilha congressual com a intervenção militar no RJ.

Primeiro, botam o exército nas ruas para aumentar a violência sobre o povo pobre e, sobretudo, os negros das periferias cariocas (reféns da polícia, do exército, das milícias, do tráfico). Depois, tentam bancar “mandatos de busca e apreensão coletivos” (liberar geral a invasão das casas dos pobres pela polícia e militares).

Em seguida, reprimem militarmente e de forma geral e indistinta, os trabalhadores (as) cariocas que vivem nas periferias, partindo do pressuposto de que o problema da segurança no Rio de Janeiro é culpa deles.

Por fim, o general interventor nomeado, Braga Neto, afirma que o Exército precisa de “garantias para agir sem o risco de surgir uma nova Comissão da Verdade” no futuro!

Conhecemos o trágico final desta película. Não podemos permitir que a história se repita como farsa ou tragédia.

A violência no RJ, sobretudo a que recai sobre o grupo social 3P (preto, pobre e puta) é resultante da ausência histórica de políticas públicas, por parte dos governantes corruptos que ocuparam e ocupam as esferas de poder do Estado carioca.

A população periférica vive, cotidianamente, nas mãos de governos mafiosos, do tráfico, da polícia e das milícias. São as balas perdidas que assassinam dezenas de crianças, jovens, pais, mães e idosos cariocas. Até hoje não sabemos onde está o Amarildo.

A intervenção militar anunciada para impor a “ordem” no RJ, é direcionada e afetará principalmente os negros e pobres que vivem nos morros cariocas.

Tudo para passar uma imagem de “durão” de Temer. Pretende com isso conquistar a simpatia da classe média brasileira no geral e, em específico, carioca, que está, com razão, amedrontada e refém da violência, e capitalizar politicamente pra ver melhora seus vergonhosos índices de popularidade.

Não nos iludamos: o corrupto governo Temer objetiva, com a intervenção militar no RJ, ter projeção eleitoral pra tentar um acordo com quem possa se eleger mantendo, assim, o fórum privilegiado e não ir para a prisão junto com a quadrilha das malas de dinheiro que o cercam.

O que o Rio de janeiro precisa não é de intervenção militar. Ao contrário. Precisa de geração de emprego com salários digno. Precisa que a população pobre e excluída tenha acesso a moradia decente. Precisa de creches, saneamento básico, educação e saúde pública, gratuita e de qualidade. Precisa pagar os salários atrasados do funcionalismo público estadual.

O RJ não precisa do exército invadindo as favelas, pois os maiores bandidos vivem no Planalto, Palácio Guanabara e nos condomínios de luxo da zona sul do Rio.

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