O tamanho das pessoas…

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Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas. Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.

Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento…

 Uma pessoa é enorme para ti, quando fala do que leu e viveu, quando te trata com carinho e respeito, quando te olha nos olhos e sorri. É pequena para ti quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade, o carinho, o respeito, o zelo e até mesmo o amor.

Uma pessoa é gigante para ti quando se interessa pela tua vida, quando procura alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto contigo. E pequena quando se desvia do assunto.

Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma. Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos da moda.

Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas. Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.

É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. O nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações.

Uma pessoa é única ao estender a mão e, ao recolhê-la inesperadamente, torna-se mais uma.

O egoísmo unifica os insignificantes. Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande… é a sua sensibilidade, sem tamanho…

Ouça também este texto em vídeo: https://youtu.be/zhZTLIkdeU0?t=3

Autora: Martha Medeiros, é escritora, jornalista e cronista brasileira. É colaboradora do jornal Zero Hora e da revista Época. Entre outros trabalhos, publicou: “Divã”, (2002) romance que originou um filme e uma série de TV, estrelado pela atriz Lília Cabral, “Coisas da Vida” (2003), “Selma e Sinatra” (2005), “Tudo Que Eu Queria Te Dizer” (2007), “Doidas e Santas” (2008), “Fora de Mim” (2010), “Noite em Claro” (2012), “Um Lugar na Janela” (2012) e “A Graça da Coisa” (2013).

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