Guardião das Letras – Ironi Andrade

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Obrigada, Ironi, por reforçar a nossa identidade nacional, aproximando as pessoas pelo uso correto da Língua, facilitando a comunicação e, consequentemente, melhorando os relacionamentos. Obrigada por aceitares ser o nosso Guardião.

A oportunidade de prefaciar este livro do conhecido e respeitado fundador e professor do Curso Permanente de Português, Redação, Literatura e Oratória – Sistema Educacional Ironi Andrade – e criador do Método de Ensino do Português Lógico, meu estimado confrade Ironi Andrade foi um presente que recebi com imensurável honra e, claro, alta responsabilidade.

Acolhi, porém, o convite como resposta ao desafio que lhe fiz, no início de 2022: ser o nosso Guardião das Letras. Como presidente da Academia Passo-Fundense de Letras (APLetras), aliás, busquei levar a cabo uma das finalidades do sodalício, conforme Artigo 6o, Capítulo II, do Estatuto Social: “Contribuir para o aprimoramento da língua nacional”. E ali estava a pessoa certa para tal função: o nosso mestre Ironi.

Buscando a perfeição em tudo que faz, e sempre disposto a colaborar, o confrade aceitou o desafio e elaborou um detalhado projeto, no qual definiu que o Guardião das Letras passaria a ser também uma publicação quinzenal, dividida em quatro partes:Editorial, Perguntas e Respostas, Pelas redes sociais e Curiosidades do idioma. No entanto, o Guardião é ele mesmo que, como um farol, ilumina e mostra caminhos, protegendo seu entorno. Este livro que ora tens em mãos, nobre leitor, é a materialização do amparo que o Guardião oferece frente à rica diversidade do idioma pátrio.

Conforme suas próprias palavras, o informativo somou mais de trinta edições ao longo da última gestão e teve o escopo de cumprir um dos múltiplos desideratos de toda e qualquer instituição de gênero análogo: propugnar pela preservação, difusão e domínio do idioma pátrio.

Honrando seu nome que, na origem indígena, siginifica “rio de mel”, o laureado advogado e professor Ironi, detentor de três graduações e quase uma dezena de especializações na área das Letras, do Direito e da Psicanálise, “mergulha” nas nuanças da linguagem, desvelando os segredos e os encantos que permeiam nossa rica tradição linguística. Sua maestria revela-se, não apenas na erudição, mas na paixão por compartilhar o poder transformador das palavras e por poder guiar seus confrades, alunos e leitores pelo majestoso universo do conhecimento linguístico-cultural.

Para a Academia Passo-Fundense de Letras é uma honra ter em seu quadro de quarenta acadêmicos este Cidadão Passo-Fundense Honorário, que veio da Linha Segredo, interior de Arvorezinha/RS, “falando tudo errado”, como ele próprio conta, mas que foi galgando degraus com muito estudo e trabalho, chegando a ser Professor Emérito da Feira do Livro e um dos homenageados com o prêmio máximo das Letras em Passo Fundo, Mérito Cultural Sante Uberto Barbieri, conferido pela APLetras. Em nível estadual, recebeu três vezes o Prêmio Competências, ao ser eleito o melhor professor do Rio Grande do Sul. Tantas conquistas e tantos reconhecimentos também são fruto de mais de cinquenta anos de dedicação à docência e de mais de 2.000 palestras proferidas no Brasil e no exterior.

Como todo bom Guardião, o autor da vez trabalha em várias frentes pelo sucesso dos quatorze projetos literários da APLetras. A partir deste ano, depois de já ter presidido o sodalício em 2001, volta para a Diretoria como vice-presidente e segue na luta pela preservação da Língua Portuguesa e pela expansão da cultura em geral. Como pessoa rara e imprescindível que é, nos influencia com o seu amor pelas letras, tal qual demonstrado em uma das edições do informativo Guardião das Letras, que vocês lerão neste livro: “Quanto mais conhecemos alguma coisa, mais a amamos”. Pergunta ele: “E conhecemos nosso idioma em sua origem, em sua evolução, em seu regramento, em sua grandeza? Se sim, por certo amamo-lo; se não, nossa alma não terá espaço para ele”.

Em outra edição, publica uma das perguntas que lhe fizeram: “Nobilíssimo Guardião, por que o idioma oficial do Brasil é Português, e não o Tupi-Guarani? E responde: “…o idioma é o maior elemento formador da identidade territorial de uma nação. (…) Urge esclarecer, que não existe uma língua tupi-guarani. Essa expressão designa uma família linguística, dentro da qual incluem-se dezenas de idiomas indígenas, inclusive, é claro, o tupi e o guarani. À época do descobrimento, havia mais de 1.200 povos indígenas e cerca de mil idiomas nativos aqui”.

Concluo assim meu mister: obrigada, Ironi, por reforçar a nossa identidade nacional, aproximando as pessoas pelo uso correto da Língua, facilitando a comunicação e, consequentemente, melhorando os relacionamentos. Obrigada por aceitares ser o nosso Guardião. E parabéns por mais esta rica obra!

Boa leitura a todos!

Maiores informações sobre a obra:

Para quem tiver interesse na obra, pode procurar o autor Ironi Andrade em suas redes sociais ou através do telefone (54) 99954 9698.

Autora: Marilise Brockstedt Lech. Psicóloga Educacional/Cadeira 39 da APLetras. Também publicou no site a crônica Revolução pela educação – uma nova consciência: https://www.neipies.com/revolucao-pela-educacao-urgencia-de-uma-nova-consciencia/

Edição: A. R.

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