Em busca da paz

1867

A atitude mais coerente, no momento, é tranquilizar a vida em torno de nós e dos outros. Seguir adiante, avante, cumprindo seus deveres, certos de que a felicidade verdadeira significa paz em nossa consciência.

                                               “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus” Jesus – M. 5:9

“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou, não vo-la dou como o mundo a dá…” Jesus –  João, 14:27

A paz é dinâmica, gloriosa, não é a paz do ócio, do descanso. Ela ajuda a pessoa a desenvolver a autoconsciência e se tornar solidária e fraterna.

A voz silenciosa da pessoa pacífica, que não revida a agressão, não discute e nem se envolve em conflitos desnecessários, conclama com mais vigor a verdade do que a gritaria inconsequente dos equivocados, muitas vezes agressivos e presunçosos.  É uma forma de agir de fulgurante coragem. É trabalho íntimo de abnegação em favor do próximo.  

A compreensão da ignorância do outro e o não revidar o ataque, a grosseria, causam surpresa e provocam reflexão na pessoa equivocada. Ter paciência, dar tempo ao tempo, que no momento certo a verdade surge soberana. A   paz no mundo é dom de Deus.

A razão precisa romper a noite da ignorância que ainda paira sobre muitos de nós, pois não superamos o processo de transição entre o mundo civilizado e a barbárie. A verdadeira paz é o serviço do bem, da caridade, do esclarecimento em favor da coletividade. 

A atitude mais coerente, no momento, é tranquilizar a vida em torno de nós e dos outros. Seguir adiante, avante, cumprindo seus deveres, certos de que a felicidade verdadeira significa paz em nossa consciência.  Evitar a divulgação da guerra nervosa, da aflição, da mentira. A propaganda da mentira (fake news), quando for repetida constantemente na cabeça do incauto, torna-se verdade.

Precisamos compreender que paciência, serenidade, calma, não significam aprovação do desequilíbrio, do abuso, da delinquência nem conivência com o erro deliberado mas a capacidade de verificar as dificuldades e buscar, sem alarde e irritação, a solução dos problemas, a transposição dos obstáculos, onde a verdade foi omitida e a perturbação se estabeleceu.

O momento de crise é o tempo de luta, do bom combate, da busca da harmonia.

Considerando o momento atual, a pessoa pacífica enfrenta muitas lutas por causa da agressividade e violência das paixões de muitos iludidos que se comprazem nestas propostas equivocadas e que servem a interesses mesquinhos de grupos específicos, porém ela está fortalecida e confia no triunfo do bem.

A coragem da fé lhe dá resistência para não recuar em sua posição. Poderá até sofrer as consequências da sua opção mas não vai se submeter nem revidar as agressões.

Segundo a mentora Joanna de Angelis, no livro Diretrizes para o Êxito, de Divaldo Pereira Franco, página 38:

“A sua resistência pacífica é silenciosa e resoluta, facultando o estabelecimento de operosa força do poder do amor que aquece as vidas, dá-lhes sentido e apresenta-lhes rumo feliz que deve ser percorrido. A pessoa de paz não é tímida, embora comedida, porque sempre se encontra onde sua presença se faz necessária, emulando a perseverança no empreendimento libertador. Viver em paz de espírito, não obstante a agitação, os enfrentamentos, a diversidade dos acontecimentos agressivos, é a meta. Não permitir que os transtornos de fora perturbem o equilíbrio interno”.

A palavra PAZ é portadora de energia muito positiva, a audição deste som promove harmonia íntima. Deveríamos verbalizá-la e escrevê-la mais seguidamente buscando introjetá-la em nós e nos outros. Não é por menos que a saudação de Jesus era sempre: “A paz seja convosco”!

Autora: Gladis Pedersen de Oliveira

DEIXE UMA RESPOSTA