Diferenças refletidas em evento de Oratória

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A experiência durante e após
a Oratória é e será muito importante,
na minha vida, pois eu consegui
vencer o meu maior medo:
o de falar em público.
(estudante Michael Alcides Martins de Quadros)


Neste último dia 10 de maio de 2018, 16 alunos das séries finais do Ensino Fundamental das Escolas Públicas municipais e estaduais participaram de atividade promovida pela JCI.

Para quem promoveu, como para quem assistiu as produções dos alunos, foi uma aula gratuita de profundas reflexões, elaboradas pelos alunos e supervisionadas por seus professores.

Com satisfação e alegria, repercutimos a atividade e as aprendizagens dos envolvidos: o aluno premiado, a professora responsável e a diretora da escola do aluno premiado (Escola Municipal de Ensino Fundamental Antonino Xavier) e um representante da JCI, entidade responsável pela atividade, em sua décima edição.

Oratória, um momento inesquecível! (Professora Lindamar de Andrade)

O concurso de oratória, organizado pela JCI, faz parte da minha vida, especificamente, há 4 anos, tempo em que a Escola Antonino Xavier, escola em que trabalho, participa.

No início, os alunos tiveram muita resistência para participar, por não ser uma tarefa fácil, pois tem de se ler muito, escrever, reescrever e escrever novamente e além disso, discursar, de preferência sem o texto em mãos e para um grande público e ainda, ser julgado por uma equipe de alto nível intelectual.

Com o tempo, muita insistência e propaganda minha, foram se interessando e cada vez mais participantes foram se empolgando e aderindo à ideia.

Nesse concurso de 2019, foi impressionante, pois houve nove participantes. Cinco alunos do nono ano e quatro do oitavo.

Em fevereiro quando a JCI nos convidou para participar, não pensamos duas vezes, direção e eu, prontamente manifestamos interesse.

Em março, iniciei os trabalhos de pesquisa, com todos os alunos, no laboratório de informática da escola, com filmes, vídeos, enfim o máximo possível de material para que se apropriassem de ideias e argumentos para a produção do texto dissertativo/argumentativo sobre o assunto em questão: Como tratar as pessoas sem máscaras ou estereótipos?

Após o trabalho árduo, nove alunos mostraram imenso interesse em participar, então, a tarefa agora, era preparar esses nove, para a final em maio. Primeiramente, melhorando a escrita das produções e depois a oralidade. Atividade intensa, diária, sempre que possível e semanal, obrigatoriamente.

No dia 29 de maio realizou-se a final na escola. Foi um evento com cinco jurados, três professores da escola e duas jornalistas, uma da RBS TV e uma da Rádio Planalto. Foi um evento brilhante.  Como só podíamos escolher um, o escolhido foi o Michael, que por sinal foi o vencedor da oratória de 2019.

O mais esplêndido desse Concurso, NÃO É SÓ GANHAR, VENCER, ESTAR EM PRIMEIRO LUGAR, É VER O BRILHO NOS OLHOS DOS ALUNOS, AO PERCEBEREM QUE VENCERAM SEUS MEDOS, QUE SE SUPERARAM AO EXPOR-SE E AINDA, FORAM JULGADOS. Tarefa nada fácil, principalmente, na adolescência, fase em que preferem esconder-se, não serem vistos.

Para mim, como professora, o Concurso de Oratória é um evento mágico, pois me possibilita contribuir, ainda mais, para o crescimento dos alunos, pois a oralidade é atividade, não só escolar, mas para a vida toda.

Apesar da fase crítica da educação, sou uma professora que acredita que é através da Educação que teremos seres humanos melhores e digo isso a eles, constantemente. E quando vejo 9 alunos participando de um concurso desses, me convenço cada dia que escolhi a profissão certa.

Concurso Oratória nas escolas: orgulho e sucesso pelo trabalho (Diretora Diva Marco)

Poder participar do processo “Concurso de Oratória nas Escolas” para nós da EMEF Antonino Xavier já é considerado uma vitória. Uma vitória porque significa que nossos professores aceitam desafios e assim sendo, se propõem também a desafiar seus alunos. Permitir-se o desafio e encorajar-se a desafiar, é com certeza, um dos aspectos essenciais para o alcance de muitas vitórias.

 É claro que ser a escola do aluno vencedor nos enche de orgulho e nos deixa muito felizes porque o nível dos textos e das apresentações estavam excelentes.

Michael sempre foi um aluno muito esforçado e passou por uma seleção interna com outros oito concorrentes que também fizeram boas apresentações. Essas boas apresentações refletiram também o empenho da professora Lindamar que foi incansável e os fez acreditar que podiam sempre melhorar um pouco mais, tanto na produção quanto na apresentação. 

Durante o período que antecedeu o concurso interno, foi muito bom ver os alunos participantes, que iam para a escola no turno inverso, andando pelo pátio declamando seus textos em voz alta, enquanto aguardavam para apresentar para a professora. A JCI também contribuiu muito nos encontros formativos, com motivação e técnicas.

Ao ser vencedor deste concurso, Michael, por ser um aluno quieto, muito estudioso e muito simples, deixa para a comunidade escolar uma mensagem muito clara de que vale a pena dedicação, pois ela nos possibilita, sim, alcançar aquilo que sonhamos e de que as coisas não acontecem por acaso ou por encanto.

O número de alunos participantes tem aumentado ao longo desses nove anos e isso é muito importante porque são mais alunos lendo, pesquisando escrevendo e perdendo o medo de falar em público, habilidades essenciais na formação de cidadãos responsáveis e seres humanos competentes.

A nossa escola está sempre aberta e se engaja em todas inciativas e parcerias possíveis, porque faltam muitas vezes oportunidades para que nossos alunos possam mostrar o quanto são bons e capazes.



Em outra oportunidade, site já destacou o importante trabalho de outra diretora da escola, professora Vera Lúcia Mondin, à frente deste educandário da rede municipal de Educação de Passo Fundo. Confira!



Reflexão, cidadania e oportunidades (Eduardo Rodrigues, coordenador da JCI Oratória nas escolas)

No treinamento, passamos o tema, dicas e formas de se apresentar. Depois eles precisam trabalhar em sala de aula, escrever seu texto, treinar e, por fim, se apresentar para um grupo de jurados, onde em cada escola foi escolhido um representante.

Mais do que um concurso, com o projeto de oratória é possível estimular o estudo e reflexão sobre temas de preocupação mundial, tais como segurança, saúde, respeito, cidadania, paz, justiça, economia, meio ambiente, educação, entre outros. Na adolescência não há costume de valorizar a habilidade de se comunicar, com a iniciativa, além de poder moldar esses futuros profissionais, abrindo portas no mercado de trabalho, que se não houvesse esse estímulo pelo projeto, eles pensariam que não seriam capazes de alcançar essas oportunidades. Além disso, os empresários que buscam profissionais dedicados e que se comunicam bem sempre estão de olho nos alunos que se destacam nesse projeto.

Leia mais aqui.


Oratória: uma grande experiência

(Depoimento do aluno premiado, em primeiro lugar, Michael Alcides Martins de Quadros, da Escola Antonino Xavier)

Olá meu nome é Michael, estudo na Escola Municipal Antonino Xavier e vou contar sobre a experiência que tive, ao participar do Projeto Oratória nas Escolas, oferecido pela JCI.

Há em torno de dois anos, conheci o projeto, por meio da Professora Lindamar, desde então, despertou em mim uma grande vontade de participar.

No início deste ano, assim que soube que poderia participar, não exitei e já me ofereci a participar. Desde então, comecei a me preparar, principalmente a minha mente, pois sabia que não seria fácil vencer a timidez.

No mês de março, fiquei sabendo que o tema deste ano seria “Como aceitar as diferenças e tratar as pessoas sem máscaras ou estereótipos.”(um tema muito atual, e necessário de se discutir).

Quando fui escrever meu texto decidi fazer meu em cima de três pilares: Raça, Gênero e Opinião. Na escola éramos em nove participantes e, em todas as segundas-feiras a tarde, nos encontrávamos para treinar os nossos textos. Fomos a workshops que foram oferecidos pela JCI, além de assistir filmes e vídeos, relacionados a uma boa oratória.

No dia 09/05 aconteceu a final da primeira etapa (que era na escola), da qual sai campeão.

Após esta vitória, comecei a me preparar e treinar ainda mais.

Alguns dias depois, conversando com meu pai, ele me deu a ideia de decorar o texto. No outro dia, comentei para Professora Lindamar, perguntando o que ela achava, e ela gostou muito da ideia. E assim segui treino após treino, até que a Professora Lindamar me perguntou se eu não havia pensado em sair do púlpito. Gostamos tanto da ideia, que resolvemos aplica lá, pois sabíamos que isso seria um diferencial. Agora a responsabilidade e dificuldade haviam aumentado, pois iria sair da minha zona de conforto.

Na segunda-Feira, no dia da grande final, meu coração parecia que sairia pela boca, mas estava seguro, pois sabia que daria o meu melhor.

Quando me chamaram para se apresentar, olhei por cada rosto pelo qual eu passei até chegar ao palco, subi no púlpito, e comecei a falar, quando cheguei no segundo parágrafo, sai do púlpito, e falei caminhando por todo palco, após terminar, desci do palco, e sentei do lado de uma das participantes, e perguntei se havia ido bem.

Antes de sair o resultado, eu fiquei extremamente nervoso e tenso, ao anunciarem meu nome como campeão, senti uma imensa alegria e euforia, mas ao mesmo tempo um alívio.

 A experiência, durante e após a Oratória, é e será muito importante na minha vida, pois eu consegui vencer o meu maior medo: o de falar em público. A Oratória me abriu muitas portas, para meu crescimento mental, profissional e intelectual, e eu sei que ainda abrirá muitas mais.


Por que Oratória nas escolas?

Com o objetivo de oportunizar o estímulo à prática de falar em público, desenvolver habilidades como a comunicação, extroversão e o poder de persuasão fazem parte do objetivo do Concurso de Oratória nas Escolas da JCI Passo Fundo. Em sua 10ª edição, a etapa final do concurso ocorreu dia 10 de junho de 2019, no Centro de Eventos da UPF, com a participação de 16 finalistas de escolas de Passo Fundo e região.

A JCI ofereceu aos alunos interessados um curso para se preparar para a final de cada escola, onde receberam o tema, dicas e sugestão de formas para se expressar e apresentar. 

Os principais critérios de avaliação são: voz e emoção, mensagem e conteúdo, apresentação e linguagem corporal.

O tema abordado foi: “Como aceitar as diferenças e tratar as pessoas sem máscaras ou estereótipos”.

No evento final, a apresentação dos alunos devem durar de três a cinco minutos e os alunos serão avaliados.

Escolas e alunos que participaram da edição 2019:

  • Escola Pantaleão Thomaz – Coxilha – Bianca Dall Asta de Oliveira
  • Escola João Alfredo Sachser – Ernestina – Tainá Grando Lago
  • Escola Padre Leonel Franca – Mato Castelhano – Nicolly S. da Costa
  • Escola Olavo Bilac – Pontão – Laura Galera Hahn
  • Escola Alberto Torres – Pontão – Estevan Souza Costa
  • Escola Antonino Xavier – Passo Fundo – Michael Alcides Martins de Quadros
  • Escola Arlindo de Souza Mattos – Passo Fundo – Eduarda Fachinello Meira
  • Escola Arlindo Luís Osório – Passo Fundo – Flávio Daniel Barancelli Montemezzo
  • Escola Benoni Rosado – Passo Fundo – Kailany Rocha de Oliveira
  • Escola CAIC – Passo Fundo – Daine Lang Farias
  • Escola Coronel Lolico – Passo Fundo – Carlos Eduardo A. Santos
  • Escola Dom José Gomes – Passo Fundo – Iago Flores da Costa
  • Escola Leão Nunes de Castro – Passo Fundo – Marina dos Santos Rodrigues
  • Escola Notre Dame Municipal -Passo Fundo – Karine Eliza de Queiroz
  • Escola Santo Agostinho – Passo Fundo – Nicóli Raíssa Feroldi
  • Escola Urbano Ribas – Passo Fundo – Mell Ballotin Pizzi


Saber ouvir também é uma arte.


Créditos fotos: JCI/Divulgação

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