A trajetória de 15 anos do GEPES

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Vida longa ao GEPES. Que continuemos neste espírito de acolhida aos novos que chegam para que possam somar e interagir com a experiência dos que já trilharam parte do caminho e continuam acreditando na força da pesquisa que se realiza coletivamente. Que venham mais 15 anos de estudos, pesquisas, discussões e escritas. Todas as coletâneas estão disponíveis online nos links abaixo de cada referência.

No escrito de hoje, quero homenagear todos os integrantes do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Superior da Universidade de Passo Fundo (GEPES/UPF). O grupo é coordenado por mim e por Carina Tonieto, parceira de estudos e pesquisas de longa data. Conheço Carina desde 2000 quando foi minha aluna na graduação de Filosofia. Fui seu supervisor de estágio, orientei seu trabalho de monografia no final do curso, orientei a dissertação de mestrado, a tese de doutorado e supervisionei dois Estágios de Pós-doutorado no PPGEdu (um concluído em 2021 e outro concluído agora em 2025).

Desde o tempo da graduação Carina foi integrante do Núcleo de Educação para o Pensar: filosofia com crianças e jovens (NUEP), foi secretária e depois assessora do referido núcleo, participou de diversas publicações e foi uma das integrantes mais ativas do Nuep. Durante mais de 12 anos, o Nuep foi responsável em desenvolver um qualificado projeto de formação de professores, que se espalhou pelo Rio Grande do Sul em Escolas Particulares e Escolas Públicas. Diversas secretarias municipais de Educação da Região de Passo Fundo desenvolveram o projeto, algumas das quais incluíram filosofia no seu currículo.

Em 2010, quando Carina estava concluindo seu mestrado, decidimos criar o Gepes, inspirados e incentivados pela nossa amiga Malu (Maria de Lourdes de Almeida), que nos “abriu muitas portas” junto às editoras. O Grupo iniciou com poucos integrantes: alguns alunos da graduação, 2 ou três alunos do mestrado e alguns professores da Educação Básica. Na época nossas discussões giraram em torno da formação de professores e da epistemologia das políticas educacionais. Como resultado de um primeiro ano de estudo, publicamos pela Mercado de Letras o livro autoral Educar o educador: reflexões sobre formação docente (Fávero; Tonieto, 2010) publicado pela Mercado de Letras, com um prefácio de nossa amiga Malu.

 Registros de grupo do Gepes

No ano seguinte, com um grupo mais ampliado, estudamos as obras de John Dewey, de modo especial Democracia e Educação, Reconstruções em Filosofia e Experiência e Educação. Destes estudos resultou a segunda produção do Gepes intitulada Leituras sobre John Dewey e a educação (Fávero; Tonieto, 2011) publicado pela editora Mercado de Letras. Composta de 13 capítulos, a coletânea aborda diversos temas do filósofo educador norteamericano, dentre os quais destacam-se: o lugar do pensamento de John Dewey na historiografia da educação brasileira; as contribuições de Dewey para a educação; democracia e reflexão poética em John Dewey; a relação entre filosofia e pedagogia no pensamento; a democracia como credo pedagógico na filosofia de Dewey; a distinção entre pedagogia tradicional e pedagogia progressista; a relação entre interesse e esforço nos escrito deweyanos; a experiência filosófica na reconstrução de John Dewey; a experiência como superação do dualismo; a formação do professor reflexivo na concepção pragmatista deweyana; experiência formativa na educação em valores em John Dewey; dentre outros.

Em 2012 fiz um Pós-doutorado na Univesidad Autônoma del Estado do México (UEMéx) e fiquei fora do país de janeiro e julho. Nestes meses, Carina continuou com o Grupo, estudando Richard Rorty (autor que havia estudado para realizar minha tese de doutorado da UFRGS de 2003-2007). Do México organizei com a parceria de Edison Alencar Casagranda a terceira produção do Gepes intitulada Leituras sobre Hannah Arendt e a educação (Fávero; Casagranda, 2012) também publicado pela editora Mercado de Letras. Quando retornei do México continuamos com os estudos de Rorty e os resultados foram publicados na coletânea Leituras sobre Richard Rorty e a Educação (Fávero; Tonieto, 2013), também publicado em 2013.

Em 2014, o grupo do Gepes já estava bem ampliado, com a participação de diversos mestrandos, doutorandos, egressos de PPGEdu, alunos da graduação, meus bolsistas de iniciação científica, professores da educação básica, professores da educação superior, dentre outros. Duas temáticas marcaram o estudo deste ano: o processo de Bolonha e Docência Universitária. Da primeira temática resultou na publicação da coletânea O Espaço Europeu de Educação Superior (EEES) para além da Europa: apontamentos e discussões sobre o chamado Processo de Bolonha e suas influências (Almeida; Fávero; Catani), publicado pela editora CRV de Curitiba. E da segunda temática resultou a produção da coletânea Docência Universitária: pressupostos teóricos e perspectivas didáticas (Fávero; Tonieto; Ody, 2015).

Os avanços dos estudos no Gepes permitiu perceber que a docência universitária requer uma compreensão dos pressupostos epistemológicos que mobilizam as práticas, as compreensões da forma como se constitui a identidade docente, a maneira como se articulam as distintas formas de ensino e aprendizagem no Ensino Superior.

Destes estudos surgiu a coletânea Epistemologias da Docência Universitária (Fávero; Tonieto, 2016) composta de 12 capítulos onde são abordadas as seguintes temáticas: a dimensão crítico-dialética na formação docente na perspectiva freireana, o lugar da teoria na pesquisa sobre docência na Educação Superior, os aspectos do pensamento complexo que perpassa a autoeco-organização e autoeco-formação do docente universitário iniciante, a atitude vigilante do professor universitário para enfrentar os obstáculos epistemológicos do seu fazer docente, a constituição dos saberes da docência universitária, a epistemologia que perpassa o fazer docente no cenário da sociedade líquida baumaniana, a negação da pedagogia das aparências em prol de uma pedagogia científica na perspectiva bachelardiana, o falibilismo como fundamento epistemológico na formação de professores para o ensino de ciências naturais, os paradigmas necessários à construção da docência universitária no cenário atual, a relação entre racionalismo aplicado e os novos rumos da ciência contemporânea para compreender a docência universitária, a sensibilização docente na compreensão da epistemologia da prática na docência universitária.

A interdisciplinaridade foi tema de estudos do Gepes em 2017 e tornou-se uma temática imprescindível para enfrentar os desafios da docência universitária contemporânea. Destes estudos, surgiu a coletânea Interdisciplinaridade e Formação Docente (Fávero; Tonieto; Consaltér, 2018), composta de 15 capítulos onde são tratados as seguintes temáticas: entendimentos  e perspectivas da interdisciplinaridade na formação de professores, a interdisciplinaridade e o falibilismo na formação docente, os equívocos e as possibilidades da interdisciplinaridade na formação de professores, a resolução de problemas como prática interdisciplinar na educação, a perspectiva história e política da interdisciplinaridade pelo enfoque da educação, as interlocuções possíveis entre interdisciplinaridade e alteridade na educação numa perspectiva estética, a vivência teatral como experiência interdisciplinar formativa, a interdisciplinaridade como crítica à fragmentação do saber, o desafio da reflexividade interdisciplinar na educação escolar, o potencial freireano e interdisciplinar nos processos formativos, as exigências e consequências da complexidade presente na relação entre interdisciplinaridade e educação em direitos humanos, a interdisciplinaridade proposta para a educação física no Referencial curricular do Rio Grande do Sul, a interdisciplinaridade na formação de docentes na Educação infantil na perspectiva da psicanálise e a presença da interdisciplinaridade no campo teórico e no campo de intervenção das políticas educativas.

A relação entre políticas educacionais e formação de professores também foi pauta de estudos e discussões dos pesquisadores do Gepes na disciplina “Políticas de Formação de Professores”, na qual participaram mestrandos, doutorandos e alunos com matrícula especial no segundo semestre de 2018. Destes estudos e discussões resultou a publicação da coletânea Políticas de Formação de Professores (Fávero; Consaltér; Trevisol, 2019) composta de 14 capítulos onde são tratadas as seguintes temáticas: o desafio da prática pedagógica na formação docente de professores de cursos de bacharelado, a pós-graduação stricto sensu como espaço de formação docente no contexto da educação inclusiva, as diretrizes para a formação inicial e continuada dos profissionais do magistério da educação básica, análise comparada entre os planos estaduais de educação do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina sobre a formação de professores da educação básica, a formação docente e a construção da identidade do professor na educação infantil, a especificidade da formação continuada de professores no PROCAMPO, o lugar das humanidades na perspectiva estética da formação docente, a importância da teorias e das pesquisas na formação docente, um estado do conhecimento sobre a formação de professores para o uso de tecnologias, os sentidos atribuídos às tecnologias da informação e da comunicação por professores em formação, as compreensões teórico-metodológicas da interdisciplinaridade na gestão escolar na formação continuada de professores, um diálogo para além da especialidade na relação entre interdisciplinaridade e formação docente.

Ainda em 2018, o Gepes debruçou-se nos estudos de algumas das obras de Zigmunt Bauman, dentre elas Modernidade Líquida, Vida Líquida, Legisladores e Interpretes, Vida à Crédito, Vigilância Líquida, Amor Líquido dentre outras. Como resultado dos estudos foi publicada a coletânea Leituras sobre Zygmunt Bauman e a Educação (Fávero; Tonieto; Consaltér, 2019).

A coletânea é composta de 17 capítulos nos quais os autores discorrem sobre as seguintes temáticas: a tensão entre ambivalência e a ordem e a questão da solidariedade; ambivalência como paradigma em gestação no mundo líquido, análise de dois modelos formativos a partir das metáforas do peregrino e do turista; as ações e emoções no mundo líquido de Bauman, autoridade docente na modernidade líquida, os desafios do trabalho docente; as práticas pedagógicas e as relações humanas na sociedade líquida; a fragilidade dos laços humanos e a felicidade efêmera na sociedade de consumo; a educação entre Babel e a cegueira moral; os conceitos de indivíduo e de comunidade nas teorias de Norberto Elias e Bauman; a incorporação dos sinais da incerteza na perspectiva do medo líquido; as interações entre Bauman e Freire na relação entre educação e diálogo com as diferenças; educação e o paradoxo da identidade; a dimensão estética na formação do docente universitário no mundo líquido moderno; a síndrome consumista no ambiente escolar; a utilidade do inútil para a democracia social e política do mundo cibernético; e por fim, as ressonâncias do consumismo nos processos educativos na modernidade líquida.

Em 2019, os estudos do Gepes concentraram-se em aprofundar a relação entre Educação e Neoliberalismo. A partir da discussão e trabalho sistemático das obras A escola não é uma empresa de Christian Laval, A nova razão do Mundo de Pierre Dardot e Christian Laval, e da obra Em defesa da escola: uma questão pública de Jan Masschelein e Maarten Simons, o gepes produziu sua 10ª coletânea intitulada Leituras sobre Educação e o Neoliberalismo (Fávero; Tonieto; Consaltér, 2020).

Composta de 22 capítulos a coletânea aborda, dentre outras, as seguintes temáticas: a escola sob o gerencialismo empresarial; a educação como consumo; negócio versus formação nas políticas para a cidadania na Europa, as parcerias público-privadas e a drenagem dos recursos públicos para as fundações privadas no contexto da reforma do ensino médio; capital humano e neoliberalismo na educação; crítica a pedagogia das competências; a lógica perversa da profissionalização na ideologia empresarial que invade os processos formativos; a perda da identidade escolar decorrente do avanço do empresariamento da educação; a cultura humanista como antídoto ao empresariamento da educação; a responsabilização como mecanismo de mercantilização da educação superior; a colonização neoliberal da subjetividade e os riscos da formação humana; a presença da ideologia neoliberal no processo de transformação da educação em negócio; a publicidade infanto-juvenil nas estratégias de marketing nas escolas; possibilidades de resistência ao processo de mercantilização da educação; a lógica empresarial presente na narrativa “life long learnig” e a cilada do “educar por competências”; a defesa da escola como tempo livre no cenário global; quando modernizar se transforma em domar a escola nos trilhos da ideologia neoliberal; a “profissionalização” como tática de domar o professorado; os avanços e os entraves na formação democrática da escola pública brasileira; quando o neoliberalismo chega à escola por meio de discursos sedutores; quando a educação se torna um simples produto nas prateleiras do mercado.

Em março de 2020, depois do primeiro encontro presencial realizado na Faculdade de Educação da UPF, em função da Pandemia do Covid-19, o Gepes tomou a decisão de continuar os encontros online por meio do Google Meet. A temática escolhida para os estudos deste ano de Pandemia foram algumas obras da filósofa americana Martha Nussbaum, dentre as quais destacam-se: Sem fins lucrativos; El cultivo de la humanidad; Crear Capacidades, Educação e Justiça Social; Fronteiras da Justiça; Las mujeres y el desarollo humano, El ocultamiento del humanoI, dentre outras. Do estudo do ano resultou na publicação da 11ª coletânea do Gepes intitulada Leituras sobre Martha Nussbaum e a educação (Fávero; Tonieto; Consaltér; Centenaro, 2021).

Composta de 18 capítulos, a obra discorre sobre temas instigantes em torno desta potente pensadora contemporânea. Como é referido na apresentação da coletânea, um dos elementos centrais de sua obra é o papel que a educação possui para o fortalecimento da democracia, para o desenvolvimento humano, para a promoção das capacidades humanas e para a justiça social global.

O sucesso da publicação fez com que o Gepes organiza-se em parceria com o PPGEdu um curso de extensão onde boa parte dos textos da coletânea fossem lidos, apresentados e discutidos nos 12 encontros no segundo semestre de 2021. Todos os encontros estão disponíveis no canal do Youtube do Gepes:

https://www.youtube.com/results?search_query=gepes+upf+martha+nussbaum

Em 2021, o Gepes possuía mais de 40 participantes. O tema escolhido para ser investigado foi a Teoria da Atuação de Stephen Ball e sua recepção nas pesquisas em educação. Dentre os textos estudados e discutidos durante o ano destacam-se Como as escolas fazem as políticas; Educação Global S.A.; A nova filantropia, o capitalismo social e as redes globais em educação; Intelectuais ou técnicos? O papel imprescindível da teoria nos estudos educacionais; Reformar escolas/reformar professores e os terrores da performatividade, Sociologias das políticas educacionais e pesquisas crítico-social: uma revisão pessoal das políticas educacionais e das pesquisas em políticas educacionais; Profissionalismo, gerencialismo e performatividade, dentre outros. O intenso estudo e os calorosos debates resultaram na 12ª coletânea do Gepes, intitulada Leituras sobre a pesquisa em política educacional e a teoria da atuação (Fávero; Tonieto; Consaltér; Centenaro, 2022).

Conforme é referido na apresentação da coletânea, a relevância do estudo da teoria da atuação reside na sua fecundidade analítica como referencial teórico-metodológico para compreender como as escolas e seus sujeitos lidam, no cotidiano das instituições, com as diversas políticas educacionais que interferem e ditam o rumo e o ritmo do trabalho escolar.

Em 2022, o Gepes concentrou seus estudos e discussões nas perspectivas metodológicas da pesquisa em política educacional. Diversos autores e abordagens metodológicas foram teorizadas e sistematizadas nos 22 encontros realizados de forma online quinzenalmente nas sextas-feiras a tarde. Como resultado o Gepes produziu sua 13ª coletânea intitulada Pesquisa em Política Educacional: perspectivas metodológicas (Fávero; Tonieto; Bukowski; Centenaro, 2023). Conforme é dito na apresentação da obra, a pesquisa científica em educação, diante do desafio de produzir conhecimento de relevância acadêmica e social, atendendo aos critérios de validade e princípios éticos, requer clareza quanto às suas dimensões teórica e metodológica que a compõe.

Nos capítulos que compõe a obra, além de três capítulos iniciais que tratam do objeto de estudo da pesquisa educacional, do papel do referencial teórico e do lugar central do problema de pesquisa na relação entre a dúvida científica e a elaboração da pergunta, os demais 13 capítulos abordam as seguintes perspectivas metodológicas: abordagem qualitativa e quantitativa nas pesquisas em política educacional; possibilidades e limites da pesquisa básica e da pesquisa aplicada; a interação e o diálogo com o campo de estudo possibilitado pela pesquisa bibliográfica; o tratamento e a análise dos dados na pesquisa em política educacional; o papel do Estado da Arte nas pesquisas em políticas educacionais; a importância da pesquisa documental na compreensão das políticas educacionais; os usos da análise dos conteúdo nas pesquisas em políticas educacionais; a meta pesquisa como um sendo um campo de construção nos estudos de políticas educacionais; o compartilhamento de saberes na pesquisa-ação; a etnografia das redes como forma de análise das políticas educacionais no cenário global; o estudo de caso na compreensão dos contextos escolares; como se organiza grupos focais em ambientes virtuais; as potencialidades e riscos das entrevistas nas pesquisas em políticas educacionais, dentre outros.

Em 2023, o Gepes tomou a decisão de que mesmo depois da Pandemia, os encontros permaneceriam online tendo em vista que uma parte expressiva dos seus participantes viviam geograficamente distante de Passo Fundo o que tornaria impossível os encontros presenciais. Desde 2021 foram se integrando ao grupo pesquisadores do Mato Grosso, Brasília, Santa Catarina, Rio de Janeiro e diversas cidades do Rio Grande do Sul.

Em 2023, somaram-se diversos integrantes de Minas Gerais sob a liderança do professor Paco (UFMG), do Acre (sob a liderança da pesquisadora Adriana), bem como a presença de mestrandos e doutorandos da Unoesc (liderados pelos pesquisadores Márcio e Anderson). Não poderia deixar de mencionar egressos do PPGEdu que, embora estejam residindo longe de Passo Fundo, continuam participando dos encontros quinzenais e contribuindo com a produção das coletâneas. A temática de 2023, escolhida para estudo e discussão, foi as Políticas Educacionais e Neoliberalismo envolvendo 5 eixos de discussão: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Gestão; Ensino Médio; Educação Superior e Formação de Professores. Como resultado o Gepes publicou sua 14ª coletânea intitulada Políticas Educacionais e Neoliberalismo (Fávero; Tonieto; Bellenzier; Centenaro, 2024). Composta de 23 capítulos, tornou-se a obra mais volumosa e representa a fase de consolidação do Gepes. As investigações dos 23 capítulos concentram-se em analisar as reformas neoliberais na educação a fim de identificar os desdobramentos nos diferentes níveis da educação, principalmente na organização dos processos educativos.

Em 2024, o Gepes elegeu como temática de estudo, pesquisa, discussão e escrita “Currículo e Políticas Educacionais”. Nos 22 encontros foram lidos, apresentados e discutidos dezenas de textos sobre a temática que resultou na décima quinta (15ª) coletânea intitulada Currículo e Políticas Educacionais (Fávero; Tonieto; Bellenzier; Bukowski, 2025). Trata-se de uma coletânea comemorativa aos 15 anos do Gepes. Ressalto que hoje o Gepes conta com a participação de pesquisadores dos mais diversos estados do Brasil, dentre eles: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais e Acre. Além da UPF, os pesquisadores que participam do Gepes estão ligadas às seguintes Instituições de Ensino Superior: Unoesc, Unochapecó, Unisinos, UAEMéx, Cefet/RJ, UFAC, UFFS, UFMG, UFES, Furb/SC, IFRS/Campus Ibirubá, IFSC/Campus Xanxerê e UFRGS. Vale mencionar que essa articulação ocorre de forma efetiva por conta da possibilidade da realização das sessões de Estudo do Gepes que ocorrem em formato online.

O GEPES/UPF está atrelado a outros grupos e redes de pesquisa nacionais e internacionais, tais como o Grupo Internacional de Estudos e Pesquisas sobre Educação Superior (GIEPES), ligado à Unicamp; Grupo de Pesquisa Ensino, Trabalho e Sociedade do IFRS; a Rede Latinoamericana de Estudos Teóricos e Epistemológicos em Política Educacional (RELEPE); a Rede Nacional de Pesquisas sobre Ensino Médio (EMpesquisa), ligada à Unicamp e à UFPR; ao Observatório do Ensino Médio do Rio Grande do Sul, ligado à UFRGS, ao convênio de cooperação entre PPGEdu/UPF e a Universidad Autónoma del Estado de México (UAEMéx). Do convênio de cooperação com a UAEMéx, ressalto a parceira com o Dr. Aristeo Santos López e a Dra. Marisa Fátima Roman que me acolheram na cidade de Toluca em 2012, quando fiz meu pós-doutorado e que desde lá continuam contribuindo anualmente com as coletâneas do Gepes com qualificados capítulos, bem como com outras ações de intercâmbio.

A cooperação tem continuidade no presente momento, com novas perspectivas de investigação. Minha gratidão eterna a eles.

Com Aristeo e Marisa do México

VIDA LONGA AO GEPES, e que continuemos neste espírito de acolhida aos novos que chegam para que possam somar e interagir com a experiência dos que já trilharam parte do caminho e continuam acreditando na força da pesquisa que se realiza coletivamente. Que venham mais 15 anos de estudos, pesquisas, discussões e escritas. Todas as coletâneas estão disponíveis online nos links abaixo de cada referência.

Para todos aqueles que fazem parte do Gepes ou já participaram do grupo, deixo aqui o desafio para ser manifestado por escrito nos comentários abaixo desta publicação:

O que significa ou significou o Gepes para você?

Referências:

FÁVERO, Altair Alberto; TONIETO, Carina. Educar o Educador: reflexões sobre formação docente. Campinas/SP: Mercado de Letras, 2010. https://www.researchgate.net/publication/355339078_Educar_o_educador_-_reflexoes_sobre_a_formacao_docente

FÁVERO, Altair Alberto; TONIETO, Carina. Leituras sobre John Dewey e a educação. Campinas/SP: Mercado de Letras, 2011. https://www.researchgate.net/publication/358368572_Leituras_sobre_John_Dewey_e_a_educacao_1

FÁVERO, Altair Alberto; CASAGRANDA, Edison Alencar (orgs.). Leituras sobre Hannah Arendt: educação, filosofia e política. Campinas/SP: Mercado de Letras, 2012.https://www.researchgate.net/publication/358923482_Leituras_sobre_Hannah_Arendt_-_educacao_filosofia_e_politica_1

FÁVERO, Altair Alberto; TONIETO, Carina (orgs.). Leituras sobre Richard Rorty e a educação. Campinas/SP: Mercado de Letras, 2013.

FÁVERO, Altair Alberto; ALMEIDA, Maria de Lourdes Pinto de. O Espaço Europeu de Educação Superior (EEES) para além da Europa: apontamentos e discussões sobre o chamado Processo de Bolonha e suas influências. Curitiba/PR: Editora CRV, 2014. https://www.researchgate.net/publication/359248799_O_espaco_Europeu_de_educacao_Superior_EEES_para_alem_da_Europa_-_apontamentos_e_discussoes_sobre_o_chamado_processo_de_Bolonha_e_suas_influencias

FÁVERO, Altair Alberto; TONIETO, Carina; ODY, Leandro Carlos (orgs.). Docência Universitária: pressupostos teóricos e perspectivas didáticas. Campinas/SP: Mercado de Letras, 2015. https://www.researchgate.net/publication/358538701_DOCENCIA_UNIVERSITARIA_Pressupostos_Teoricos_e_Perspectivas_Didaticas

FÁVERO, Altair Alberto; TONIETO, Carina (orgs.). Epistemologias da Docência Universitária. Curitiba/PR: Editora CRV, 2016. https://www.researchgate.net/publication/358740253_Epistemologias_da_docencia_universitaria

FÁVERO, Altair Alberto; TONIETO, Carina; CONSALTÉR, Evandro (orgs.). Interdisciplinaridade e formação docente. Curitiba/PR: Editora CRV, 2018. https://www.researchgate.net/publication/323408674_Interdisciplinaridade_e_formacao_docente

FÁVERO, Altair Alberto; TONIETO, Carina; CONSALTÉR, Evandro (orgs.). Leituras sobre Zygmunt Bauman e a educação. Curitiba/PR: Editora CRV, 2019.https://www.researchgate.net/publication/332317048_Leituras_sobre_Zygmunt_Bauman_e_a_educacao

FÁVERO, Altair Alberto; CONSALTÉR, Evandro; TREVISOL, Marcio Giusti (orgs.). Políticas de Formação de Professores. Curitiba/PR: Editora CRV, 2019. https://www.researchgate.net/publication/337038407_POLITICAS_DE_FORMACAO_DE_PROFESSORES

FÁVERO, Altair Alberto; TONIETO, Carina; CONSALTÉR, Evandro (orgs.). Leituras sobre Educação e Neoliberalismo. Curitiba/PR: Editora CRV, 2020. https://www.researchgate.net/publication/384017399_Leituras_sobre_Educacao_e_Neoliberalismo

FÁVERO, Altair Alberto; TONIETO, Carina; CONSALTÉR, Evandro; CENTENARO, Junior Bufon (orgs.). Leituras sobre Martha Nussbaum e a Educação. Curitiba/PR: Editora CRV, 2021. https://www.researchgate.net/publication/355037187_8_-_Interculturalidade_e_cidadania_universal_-_o_papel_imprescindivel_das_humanidades_na_perspeciva_de_Nussbaum

FÁVERO, Altair Alberto; TONIETO, Carina; CONSALTÉR, Evandro; CENTENARO, Junior Bufon (orgs.). Leituras sobre a Pesquisa em Política Educativa e a Teoria da Atuação. Chapecó/SC: Livrologia, 2022. https://www.researchgate.net/publication/359847694_Leituras_sobre_Pesquisa_em_POLITICA_EDUCACIONAL_e_a_TEORIA_DA_ATUACAO

FÁVERO, Altair Alberto; TONIETO, Carina; BUKOWSKI, Chaiane; CENTENARO, Junior Bufon (orgs.). Pesquisa em Política Educacional: perspectivas metodológicas. Porto Alegre: Livrologia, 2023. https://www.researchgate.net/publication/371783861_PESQUISA_EM_POLITICA_EDUCACIONAL_perspectivas_metodologicas

FÁVERO, Altair Alberto; TONIETO, Carina; BELLENZIER, Caroline Simon; CENTENARO, Junior Bufon (orgs.). Políticas Educacionais e Neoliberalismo. Porto Alegre: Livrologia, 2024. https://www.researchgate.net/publication/381806089_Politicas_educacionais_e_Neoliberalismo

FÁVERO, Altair Alberto; TONIETO, Carina; BELLENZIER, Caroline Simon; BUKOWSKI, Chaiane (orgs.). Currículo & Políticas Educacionais. Passo Fundo: Editora UPF, 2025. https://www.researchgate.net/publication/391628516_Curriculo_Politicas_Educacionais

Autor: Altair Alberto Fáveroaltairfavero@gmail.com Professor e Pesquisador do Mestrado e Doutorado em Educação da UPF. Também escreveu e publicou no site “Educar para humanizar e resistir a racionalidade neoliberal”:

www.neipies.com/educar-para-humanizar-e-resistir-a-racionalidade-neoliberal/

Edição: A. R.

2 COMENTÁRIOS

  1. Segue proposta do autor:
    Para todos aqueles que fazem parte do Gepes ou já participaram do grupo, deixo aqui o desafio para ser manifestado por escrito nos comentários abaixo desta publicação:

    O que significa ou significou o Gepes para você?

  2. Para todos aqueles que fazem parte do Gepes ou já participaram do grupo, deixo aqui o desafio para ser manifestado por escrito nos comentários abaixo desta publicação:

    O que significa ou significou o Gepes para você?

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