Ódio a um partido

A crítica que vale é aquela que constrói, agrega, ajuda, faz melhorar. Criticar por criticar não vale mais no mundo de hoje. Não resolve os problemas da cidadania e nem os problemas da política.

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A cada dia me admiro mais com o ódio ao PT e os demais da tão mal falada esquerda que lutou por direitos como os trabalhistas, aqueles que nos garantem vida digna a todos. As pessoas escolhem um partido para torná-lo “do mal” e desconhecem os objetivos mais subliminares que existem por trás de tantas críticas destrutivas e, muitas vezes, descabidas. A crítica que vale é aquela que constrói, agrega, ajuda, faz melhorar. Criticar por criticar não vale mais no mundo de hoje. Não resolve os problemas da cidadania e nem os problemas da política. Sem esquecer dos que criticam pelo que ouvem da mídia. Meros absorvedores de informações. Não checam, não aprofundam, não aprendem, não compreendem nem o que defendem nem o que criticam.

Se for comprovado que Dilma é corrupta que pague por isso, assim como todos os demais políticos de todos os demais partidos devem pagar. Agora não venham me dizer que só um partido e um governo até hoje foi corrupto. Se fosse assim estaríamos vivendo um sonho. Acabaríamos com o PT, com a política e no outro dia amanheceríamos sem corrupção.

A corrupção vai muito além da política e está presente no nosso cotidiano. Ela existe quando você declara à Receita menos do que ganha para não pagar imposto de renda. Quando não dá recibo dos serviços que presta. Quando tem um apartamento valioso e declara que ele vale três vezes menos para não pagar imposto. Quando vai no INSS e mente para conseguir auxílio-doença. Quando contrata um empregado e não assina a carteira de trabalho. Quando vai ao supermercado e a caixa te dá troco a mais e você não devolve. Ou nos furões das filas de bancos e shows.

A corrupção existe, é praticada no cotidiano e, talvez, sempre existirá, pois é da natureza humana corromper-se.

Precisamos é defender o que acreditamos. Se o plano de governo, a plataforma de defesa de um partido condiz com que tu acreditas, este será teu partido. Você pode ser simpatizante ou filiado. Tanto faz. O que importa é o envolvimento.

“Eu odeio política” não serve mais. É preciso engajar-se. Se as coisas estão como estão é porque o povo deixou acontecer e o povo tem o livre-arbítrio de escolher em quem votar.

Envolva-se! Acompanhe o vereador que você escolheu na sua cidade. Veja se ele está trabalhando, se cumpre seu papel. Investigue seu deputado estadual e o federal. Confira quais leis aprovou, o que defende. Cheque o plano de governo de cada um. Veja se comparece às sessões. Muitos, ou a maioria de nós, não acompanha nenhum político. É, meu povo! É preciso mais que criticar. É preciso participar da política. Não como um político, mas como um cidadão.

Em todos os partidos, assim como em todas as religiões tem gente boa e gente má. Tem gente que usa do poder que tem, ou que lhe foi dado, para fazer o que bem entende. Somos seres humanos, passíveis de corrupção.

O que não vale mais é dizer que só um partido ou um político é culpado por todas as mazelas da sociedade. Aí fica fácil demais e não condiz com a verdade sobre a gente e sobre a nossa política.

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